Felipe Neto lança plataforma de NFTs em blockchain brasileira
O youtuber brasileiro Felipe Neto está entrando para o mercado de criptomoedas e deve lançar tokens não-fungíveis (NFTs) através do estúdio Play9, produtora da qual ele é sócio ao lado do empresário João Pedro Paes Leme.
Segundo informações divulgadas inicialmente pela jornalista Mônica Bergamo, da “Folha de S. Paulo”, o influenciador vai vender três artes digitais de sua autoria na primeira fase da iniciativa, que conta com uma plataforma de negociação própria. Em um segundo momento, a plataforma deverá ser aberta para NFTs de outros artistas.
A nova plataforma foi batizada de 9Block, desenvolvida em parceria com Helbert Costa e baseada na blockchain Hathor, criada por brasileiros. O lançamento das obras de arte digitais de Felipe Neto, que tem mais de 42 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, pode acontecer já nesta semana.
A Play9, estúdio de criação de conteúdo de Felipe Neto e seu sócio, é uma das maiores gestoras de mídia digital do Brasil e tem jornalistas como Fátima Bernardes e Gabriela Prioli entre seus clientes.
Diferente da maioria das plataformas de NFT, que utilizam a rede Ethereum, a nova plataforma baseada na blockchain Hathor deve ter impacto ambiental reduzido em relação aos marketplaces mais populares.
A questão ambiental tem sido uma das maiores polêmicas trazidas pela popularização dos NFTs no último ano, levando artistas a repensarem o lançamento de tokens não-fungíveis e buscarem alternativas de compensação ambiental.
As discussões giram em torno do consumo energético necessário para manter blockchains que usam mecanismos de consenso que exigem grande poder computacional, como a chamada “prova de trabalho” (ou “proof-of-work”, em inglês), utilizada por redes como Bitcoin e Ethereum.
Esse problema é apontado como um dos motivos para a queda de preços no mercado de criptomoedas e também para a diminuição do interesse pelos NFTs. Este setor, que experimentou crescimento acelerado nos últimos meses, tem vivido período de retração, com queda no número de negociações e nos valores movimentados, chegando, inclusive, a ver especialistas citarem que “a bolha dos NFTs estourou“.