Policia Federal ‘parte pra cima’ e prende novos envolvidos com a Indeal, pirâmide financeira de Bitcoin

Nesta nova fase a PF realizou cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária no Rio Grande do Sul (um preso) e em São Paulo (dois detidos), Rio de Janeiro e Espírito Santo (um preso em cada um destes dois Estados), dois continuam foragidos

A Polícia Federal (PF) ‘partiu pra cima’ e deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), em quatro Estados, a terceira etapa da Operação Egypto, que apura a Indeal, empresa acusada de pirâmide financeira de Bitcoin que teria enganado milhares de usuários em todo o Brasil.

Nesta nova fase a PF realizou cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária no Rio Grande do Sul (um preso) e em São Paulo (dois detidos), Rio de Janeiro e Espírito Santo (um preso em cada um destes dois Estados), dois continuam foragidos.

A Polícia Federal destacou que todos estão sendo investigados por lavagem de dinheiro e ocultação do patrimônio segundo as investigações realizadas na primeira fase da ofensiva, em maio de 2019.

Além dos mandados judiciais, também foram executadas ordens judiciais para bloqueio de 170 imóveis que, conforme a PF, foram registrados em nome dos investigados e de “laranjas” — o valor estimado é de R$ 80 milhões, também foi apreendido dinheiro em espécie.

Os nomes dos alvos ainda não foram divulgados, mas há dois advogados, um empresário, um operador financeiro, um laranja e dois outros suspeitos ligados à administração da empresa Indeal.

Indeal

Recentemente o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o Federal Bureau of Investigation (FBI) apreenderam US$ 24 milhões em Bitcoin que seriam ligados à pirâmide financeira Indeal.

Os US$ 24 milhões em criptomoedas foram apreendidos a pedido das autoridades brasileiras como parte da Operação Egypto, que desmembrou a pirâmide financeira que tinha sede em Novo Hamburgo, em maio de 2019.

As criptomoedas eram ligadas a Marcos Antônio Fagundes, um dos sócios do esquema, acusado de lavagem de dinheiro e identificado como responsável pelas moedas. Ele foi preso na operação e solto em agosto do mesmo ano por decisão do Superior Tribunal de Justiça.

A Indeal prometia nada menos que 15% de lucros mensais aos investidores, prometendo alocar os fundos em criptomoedas, mas como toda pirâmide financeira começou a bloquear os pagamentos assim que a fraude começou a ruir.

As investigações concluíram que os envolvidos nunca investiram em criptomoedas e usavam o dinheiro para compra de bens pessoais e investimentos de renda fixa.

Estima-se que a empresa tenha sumido com US$ 200 milhões de dezenas de milhares de investidores no Brasil.

As autoridades no Brasil e nos Estados Unidos atuaram em conjunto em uma “cooperação legal mútua envolvendo assuntos criminais”, diz a matéria.

Além dos milhões em criptomoedas, foram também apreendidos na Operação Egypto dezenas de imóveis, veículos de luxo, jóias e dinheiro vivo, ligados a 13 indivíduos acusados de lavagem de dinheiro e fraude.

Não há mais informações sobre qual será o destino imediato das criptomoedas apreendidas e se elas serão usadas para ressarcir as vítimas da fraude.

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