Famoso crítico do Bitcoin é investigado por suposta ligação com crime organizado, diz jornal
Crítico do Bitcoin, o investidor americano Peter Schiff é supostamente alvo de uma investigação de evasão fiscal conduzida por autoridades da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Holanda.
A suposta investigação gira em torno das atividades do Euro Pacific Bank, com sede em Porto Rico. Autoridades australianas alegam que o banco, fundado por Schiff, tem ligações com o crime organizado.
De acordo com uma reportagem do jornal diário The Age, de Melbourne, na Austrália, o Euro Pacific é alvo da “Operação Atlantis”, uma investigação fiscal global liderada pelas autoridades fiscais dos países citados acima.
A operação, que foi montada em resposta ao vazamento do Panama Papers, teria indiciado o Euro Pacific como um alvo prioritário das autoridades australianas.
Investigators, including agents from America’s IRS, went knocking on the doors of investors and customers of a bank they vaguely described as an offshore institution. #60Mins can confirm it was the Euro Pacific bank. pic.twitter.com/2YmdTH7ZzK
— 60 Minutes Australia (@60Mins) October 18, 2020
Supostos atos ilícitos do Euro Pacific
De acordo com a reportagem, o Euro Pacific foi identificado pela Australian Criminal Intelligence Commission (órgão de investigação criminal do país) como uma séria ameaça do crime organizado.
Consequentemente, o banco teria sido classificado como uma organização com alto risco de ser um esquema de lavagem de dinheiro. O apontamento foi feito com base nos regulamentos da Austrália sobre crimes financeiros.
O Euro Pacific tem relacionamento com algumas das maiores instituições financeiras do mundo. Alguns exemplos são o Federal Reserve, nos Estados Unidos; o Mizuho Bank, no Japão; o NatWest Bank, do Reino Unido e o Banco de Montreal, no Canadá.
All those years bagging #Bitcoin & now @PeterSchiff finds himself at the centre of a major criminal investigation into international tax evasion. #Banks #TaxEvasion https://t.co/HvqkgyQNl0 pic.twitter.com/UD8FMcSlvt
— Alex Saunders (@AlexSaundersAU) October 18, 2020
De acordo com a reportagem, o banco supostamente ajudou seus clientes australianos a lavar grandes somas de dinheiro, além de sonegar impostos na Austrália.
Simon Anquetil, um cidadão australiano que recebeu uma sentença de sete anos de prisão em julho de 2020 por seu papel em um caso de fraude fiscal de $165 milhões, supostamente movimentou dinheiro por meio do banco para fins de lavagem de dinheiro ou evasão fiscal.
A reportagem alega que os clientes do Euro Pacific também incluem um cibercriminoso russo anônimo procurado na Austrália e nos Estados Unidos por seu papel em um ataque global de malware, bem como um cidadão australiano procurado por lavar grandes somas de dinheiro para um cartel de tráfico de drogas.
Schiff alega inocência
Schiff, no entanto, diz que as acusações são infundadas. A matéria do The Age relata que o empresário confirmou em entrevista concedida ao programa “60 minutes”, da Austrália, que o Euro Pacific recebeu uma visita das autoridades.
Segundo ele, porém, o banco atendeu a diversos pedidos de informações e não tem nada a esconder. Ele disse o seguinte na entrevista:
“De alguma forma, fomos pegos no que quer que esteja acontecendo, mas não há alegações válidas contra o banco. Posso dizer que não há evasão fiscal no banco. O banco não está facilitando nada”.
* O BeInCrypto entrou em contato com Peter Schiff e pediu um comentário. Este artigo será atualizado se recebermos uma resposta.
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