Exclusivo: mais de 100 clientes da G44 Brasil se unem e pedem na Polícia Federal apreensão de passaporte de líder da empresa
Revoltados com atitudes da empresa clientes da G44 se unem e pedem na Polícia Federal apreensão de passaporte de líderes da empresa
Cerca de 109 clientes da G44 Brasil, empresa acusada de ser uma pirâmide financeira, se uniram e encaminharam a Polícia Federal um pedido de apreensão de passaporte dos líderes da empresa.
Segundo o documento encaminhado ao Cointelegraph a alegação dos clientes é que os líderes da empresa estariam com planos de sair do país e, desta forma, evitarem a aplicação de punições por parte da justiça brasileira.
O pedido, formulado por meio de uma Notícia Crime, encaminhada a Polícia Federal pelo advogado Jorge A Calazans Bahia, pede, no total, que sejam apreendidos os passaportes de 9 pessoas supostamente ligadas a possível fraude financeira.
“Outrossim, ate a informação de que os noticiados estão saindo do país, nos termos do artigo 320 do Código de Processo Penal, se proíba os mesmos de ausentar-se do país, comunicando as autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se os noticiados para entregar o passaporte em 24h)”, diz a petição que aguarde definição da justiça.
Crimes
No documento os clientes da G44 alegam como justificativa para apreensão de passaporte de líderes da empresa que a G44 teria cometido crimes contra o sistema financeiro nacional, por gestão fraudulenta, desvio de valores, comercialização de valores mobiliários sem autorização e evasão de divisas.
Além disso alegam que os líderes da empresa teriam montado uma Organização Criminosa que teria cometido outros atos ilícitos, além dos já apontados, como lavagem de dinheiro, crimes contra a economia popular, estelionato, apropriação indébita, crimes contra a ordem econômica, entre outros.
Portanto, pedem a apreensão dos passaportes de Saleem Ahmed Zaheer, Joselita de Brito Escobar, Marco Antonio Valadares Moreira, Marcio Adriano Espíndola, Mohamadhasssan Jomaa Joma, Gabriel Benevides, Mauro Pereira da Silva, Luciene Felipe dos Santos e Kennedy da Silva Correia.
O pedido encaminhado a Polícia Federal aguarda análise da instituição
Pirâmide financeira
Operando sobe o nome de G44 Brasil e atuando em todo o país a G44 é apontada como sendo uma pirâmide financeira que prometia lucros por meio de supostas operações com Bitcoin e pedras preciosas.
Devido suas promessas de “lucro garantido” a G44 atraiu clientes em todo o Brasil.
Contudo desde o ano passado a empresa não vem honrando o compromisso com seus clientes e parou de pagar os supostos lucros alegando uma serie de problemas.
Porém a empresa não tinha autorização de qualquer órgão regulador no Brasil para atuar no país e portanto suas operações eram ilegais sendo inclusive condena a encerrar suas operações pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A G44 Brasil também foi denunciada em Santos, no litoral de São Paulo, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem autorização legal.
“A lista de todos os crimes supostamente cometidos pelos sócios da G44 agrupa as seguintes práticas: gerir fraudulentamente e de forma temerária instituição financeira; desvio de valores de instituição financeira; comercialização de valores mobiliários; operação de instituição financeira sem autorização legal; evasão de divisas; organização criminosa; lavagem de dinheiro; crimes contra a economia popular; estelionato; apropriação indébita; e crimes contra a ordem econômica.”
Atualmente a empresa responde a processos na Justiça, no Ministério Público e na Polícia Civil.
LEIA MAIS
- Investigada pelo Ministério Público, G44 diz que pagará investidores em 5 anos
- Clientes da G44 ‘vão pra cima’ da empresa e pedem explicações sobre atividades supostamente ilegais
- G44 Brasil é denunciada por organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
- Empresa fintech Billion fecha concessão de US$ 2,1 milhões de comissão europeia para sistema blockchain
- Em 2018 houve um aumento de 550% nas ofertas de títulos ICO isentos de reportar a SEC dos EUA
- Relatório aponta que criminosos de extorsão sexual recorrem ao Litecoin para driblar detecção
- OKEx garante suporte de quatro novos parceiros para seu token OKB