Análise exclusiva do Mercado Bitcoin aponta potencial da Luna, que já subiu mais de 8.000% e pode continuar alta

Uma análise exclusiva da exchange Mercado Bitcoin revelou o potencial da criptomoeda Terra (LUNA) que já subiu 8.491% desde o seu lançamento. A análise da exchange é assinada pelos especialistas André Franco, Rony Szuster e Lucca Benedetti

Uma análise exclusiva da exchange Mercado Bitcoin revelou o potencial da criptomoeda Terra (LUNA) que já subiu 8.491% desde o seu lançamento, segundo dados do Coinmarketcap. A análise da exchange é assinada pelos especialistas André FrancoRony SzusterLucca Benedetti.

Os especialistas da exchange destacam que o crescimento explosivo da Terra tem sua razão extremamente interconectada à demanda por sua stablecoin, o UST. Isso se dá devido ao mecanismo de cunhagem de UST que necessita da queima de uma quantidade equivalente em LUNA, gerando um ciclo que permite a apreciação do token

O documento aponta que a queima reduz a quantidade de LUNA em circulação e, pela lei da oferta e demanda, faz com que o ativo aprecie. Com um preço maior, investidores são incentivados a queimar suas LUNA para garantir seus lucros, gerando ainda mais pressão sobre a oferta do token no mercado. 

No entanto, segundo destacam os especialistas, embora o USDT seja a principal stablecoin do mercado, ela é uma stablecoin centralizada, controlada pela Bitfinex.

Porém o UST, da Terra (LUNA) é uma stablecoins algorítmica e, este tipo de stablecoin é uma espécie de “Santo Graal para os Criptoativos”, pois possuem uma alta eficiência de capital e a possibilidade de serem completamente descentralizadas, operando através de contratos inteligentes assim como o DAI da MakerDAO.

“A demanda por stablecoins em DeFi é gigantesca, usuários vivem em busca dos melhores retornos em vaults, como os da Yearn Finance e pares estáveis na Curve e Convex. Por ser uma stablecoin algorítmica e descentralizada, o UST tem uma maior facilidade de penetrar no mercado DeFi devido a sua maior eficiência de capital em relação ao DAI, segunda maior stablecoin descentralizada do mercado. Isso fica evidente quando comparamos o crescimento do market cap de ambas as moedas nos últimos meses”, destaca.

Comparação do crescimento do market cap do UST (azul) e DAI (laranja) em escala logarítmica. Fonte: tradingview 

Anchor é o foguete da LUNA

Analisando os dados e o movimento do UST e da LUNA os analistas apontam que a razão desta alta pode ser atribuída ao principal protocolo DeFi do ecossistema da Terra, o Anchor. O Anchor garante 20% a.a. de yield em UST para usuários que depositam seu dinheiro lá, um retorno muito acima do mercado e extremamente atrativo em momentos de queda no mercado cripto.

Além disso, eles apontam que o uso de UST como garantia na Abracadabra também é um forte gerador de demanda por UST no mercado. Isso porque 85% dos depósitos de UST na Abracadabra são depositados no Anchor para gerar yield para os usuários, muitos utilizam desse feature para se alavancar e conseguir um yield ainda mais agressivo.

“Dada a natureza mercenária do capital on-chain, é esperado que a demanda por UST diminua com a redução dos retornos da Anchor e isso pode acabar refletindo na performance de preço do token LUNA. Entretanto, este é um problema de curto prazo. No longo prazo, vemos outros dois players determinando a demanda por UST”, destaca.

Desta forma para, além da Anchor os analistas apontam que o fato da Terra ter sido construída dentro do ecossistema Cosmos vai permitir com que o UST tenha uso fora do blockchain da Terra graças a atualização Columbus-5 que irá permitir a ponte entre todas as blockchains do ecossistema. 

“Desde a atualização Columbus-5 no dia 30 de setembro de 2021, mais de 233 milhões de LUNA foram tirados de circulação, quantidade que equivale a 23% do total”, apontam destacando como a demanda pelo criptoativo cresceu com a implementação do protocolo.

Blockchains conectados ao Cosmos – Fonte: Map of Zones 

“A Osmosis é a principal DEX do ecossistema Cosmos, ela permite trocas rápidas e fáceis entre ativos de diferentes blockchains que tenham suporte ao IBC. Com a integração da Terra ao IBC, imediatamente os pares com UST e LUNA se tornaram os mais utilizados dentro da DEX, permitindo acesso dos usuários a liquidez que flui da Terra na forma de UST”, apontam.

Tokens mais utilizados na Osmosis e Liquidez de UST na Osmosis – Fonte: Osmosis 

Os analistas destacam que atualmente, a Osmosis é o blockchain com maior fluxo de transações utilizando o IBC com quase o quádruplo do segundo colocado, o Cosmos Hub. Apesar da menor quantidade de transações utilizando o IBC, o número de usuários mensais ativos que utilizam o IBC (IBC MAU) da Terra é um dos maiores entre as redes conectadas ao protocolo de comunicação inter-blockchain.

“Este dado é de suma importância, pois ilustra a importância da Osmosis como um verdadeiro hub de negociação dentro do ecossistema”, destacam.

Ecossistema Cosmos

Completando o potencial da Terra e, de sua stablecoin o USDT, dentro do ecossistema Cosmos, está, segundo a análise dos especialistas do MB o EVMOS, uma rede EVM que vai permitir a portabilidade de aplicações desenvolvidas utilizando a linguagem de programação solidity (nativa para os contratos inteligentes do ethereum).

“Historicamente, redes EVM compatíveis são um vetor para o crescimento de um ecossistema, podemos citar, por exemplo, a avalanche que só teve real tração com o lançamento de sua C-chain (EVM compatível) contando com inúmeras aplicações que utilizam como base o código de Dapps que se originaram no Ethereum como Uniswap e Compound”, disse.

A EVMOS, junto com a Osmosis e a Terra, integram o que vem sendo chamado de “Tripé do ecossistema Cosmos”, que segundo os analistas do MB é um dos grandes pontos de sustentação e crescimento do token Luna.

“Juntos, Terra, EVMOS e Osmosis formam o que batizamos de tripé do ecossistema Cosmos, fornecendo a infraestrutura para os maiores casos de uso em plataformas de contratos inteligentes hoje: o fácil acesso a stablecoins, a facilidade de portabilidade de aplicações nativas da rede ethereum e a interoperabilidade facilitada por trocas rápidas. Hoje, o ecossistema Cosmos já é o segundo maior em valor total travado, perdendo apenas para para o ecossitema do Ethereum e suas segundas camadas”, analisam.

Esquema do “Tripé do ecossistema Cosmos”

Luna vai subir ou vai cair?

Diante de toda a análise feita pelos especialistas do MB o documento destaca que é evidente que o fator mais importante para o sucesso da Terra é a expansão do uso de suas stablecoins, hoje a demanda por sua principal stablecoin, o UST, está intimamente relacionada ao uso de seu maior protocolo o Anchor.

E, nesse ponto os analistas destacam que é preciso atenção aos desdobramentos do protocolo pois, o UST mantém seu valor fixado através dos mecanismos de arbitragem utilizando a queima de LUNA e, no caso de uma redução significativa na demanda pela stablecoin UST, é imprevisível o comportamento do mercado, mas, com quase certeza, o UST perderia seu valor fixado ao dólar.

“Se suas stablecoins perderem o valor fixado, a utilidade como um todo do sistema criado pela Terra vai pelo ralo”, apontam

Além disso, cada vez mais as nações pelo mundo estão em busca de regulamentar o mercado cripto e, com ele, as stablecoins, caso que também pode afetar o ecossistema da Terra (LUNA) e a demanda pelo UST.

Porém, como apontam os analistas, o fato do sucesso da Terra estar ligada a demanda por sua stablecoin também é o principal fator para uma continuação na alta do criptoativo já que os analistas acreditam que essa demanda tende a crescer e não diminuir.

“Com cada vez mais a interoperabilidade em pauta e inevitabilidade de um mundo multichain, a Terra pode se colocar como um forte player dentro do mercado de stablecoins e garantir sua presença e uso fora do ecossistema Cosmos. Os dados sugerem que cada vez mais, o UST consegue penetrar em mais plataformas de contratos inteligentes”, destacam.

Quantidade de endereços ativos por tipo de stablecoin – Fonte: Messari 

Crescimento de uso de stablecoins em protocolos DeFi em diversas redes Fonte: Messari

“No gráfico acima, podemos observar o gigantesco crescimento no uso de UST em protocolos DeFi, os dados são referentes aos protocolos hospedados nas seguintes plataformas: Ethereum, Fantom, Avalanche, Polygon, Arbitrum, Solana, Terra e Cosmos. A imagem também reforça a ideia de uma preferência no uso de stablecoins algorítmicas no caso de uso de DeFi”,  apontam.

Terra, to the moon

Diante dos dados e de toda a análise os especialista do MB concluem que com o florescimento de novos protocolos de finanças descentralizadas e novos ecossistemas a todo momento, a presença de stablecoins que consigam suprir a demanda criada por estes protocolos com alta eficiência de capital é cada vez mais necessária, sendo este um nicho de mercado no qual a Terra tende a se inserir com facilidade. 

Destacam também que apesar das preocupações regulatórias e riscos associados ao Anchor, acreditam que existe uma assimetria convidativa no ativo.

“Existem vários fatores que nos levam a crer que a demanda por UST no longo prazo deverá aumentar com a cada vez mais integrada gama de protocolos DeFi e plataformas de contratos inteligentes”, disse.

Além disso apontam que o token economics desenhado para LUNA permite que o token consiga capturar a expansão do uso de suas stablecoins tornando-o uma ótima forma de apostar no sucesso do UST e que seu comportamento descorrelacionado do mercado a torna um ótimo ativo para promover a diversificação de portfólio. 

“Com a cautela necessária e o acompanhamento das discussões na governança do Anchor, Terra parece um ótimo call de infraestrutura para um nascente mercado dentro do ecossistema Cosmos”, finalizam.

Confira a análise completa

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