Cofundador da Mercado Bitcoin lança nova exchange para competir com Binance e FTX

Exchange de criptoativos promete competir com a Binance e a FTX e tem a meta de chegar a um milhão de clientes em um ano.

Enfrentar a concorrência de exchanges como a Binance e a FTX, dois titãs do mercado de criptomoedas, e se tornar uma exchange global de criptoativos com, pelo menos, um milhão de usuários em sua plataforma no primeiro ano de operações. Esta é a meta ambiciosa da Digitra.com, exchange de criptoativos que começa a operar em junho e que foi fundada pelo empresário Rodrigo Batista, cofundador da Mercado Bitcoin.

De acordo com informações publicadas pelo Valor, a Digitra.com acaba de receber um aporte de US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 25 milhões) da Profitus Participações, empresa de investimento de Ricardo Vilella Marino, que é herdeiro do Itaú e um dos principais sócios da holding controladora do banco. 

Os recursos aportados pela Profitus serão investidos na ampliação dos times de tecnologia, marketing e outras iniciativas da holding, ainda em processo de formação, que vai controlar a Digitra, segundo Batista. 

Ao Valor, o empresário contou que:

“Quando conversei pela primeira vez com o Ricardo, a segurança foi uma das principais questões. Foi uma conversa entre alguém do mercado financeiro tradicional e a gente, que vem desse universo das criptos, mas nossa ideia em comum era criar formas de esses dois mundos conviverem bem. Ele já cuidou dessa parte do Itaú e vai poder trazer insights quanto a isso.”

A Digitra.com confirmou a listagem de Bitcoin (BTC), da Ethereum (ETH) e da stablecoin USDC, além de 12 produtos que poderão ser depositados para custódia, entre eles a Solana (SOL) e a memecoins Shiba Inu (SHIB) e Dogecoin (DOGE). 

A custódia será feita pelo banco BNY Mellon, sediado em Nova York,  o maior custodiante de ativos financeiros do mundo, com US$ 2,4 trilhões sob gestão. O que a Digitra destaca como parceria estratégica a fim de oferecer até 500 moedas na plataforma de negociação, embora a exchange tenha ressaltado que a meta inicial é chegar a 200, de maneira sustentável. Em relação à taxa, a corretora informou que deverá manter uma comissão entre 0,1% a 0,2%, patamar semelhante ao que é praticado pela Binance. 

Embora tenha informado que não vai listar tokens não fungíveis (NFTs) em um primeiro momento, outra frente que deverá ser abarcada pela corretora é a de tokenização de ativos, entre eles o de créditos de carbono e de energia, uma vez que a provedora de mercados secundários Átris, outra empresa do grupo Digitra.com, detém tecnologia  para criação de novas “bolsas” de ativos. 

O anúncio da Digitra.com coincide com algumas possíveis movimentações relacionadas ao mercado de criptomoedas no Brasil, entre elas as reuniões entre o presidente do Banco Central com a Coinbase e com a Binance, além da possível votação em regime de urgência do Projeto de Lei que regulamenta as criptomoedas no país, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

LEIA MAIS:

Você pode gostar...