Evergrande pode ter decretado fundo do Bitcoin e especialista aponta dois possíveis alvos do BTC
Diego Consimo está de olho nos desdobramentos da macroeconomia sobre o benchmark do mercado de criptomoedas.
Entre os cinco principais motivos elencados pelos analistas de criptomoedas para a forte queda do Bitcoin (BTC), que era trocado de mãos pouco acima de US$ 25,9 mil (-0,45%) e queda semanal acumulada de 12,35% na tarde desta segunda-feira (21), o pedido de falência do gigante imobiliário chinês Evergrande pode ter servido de principal catalisador para o recente crash do Bitcoin, que encontrou um fundo na região de US$ 25 mil na última sexta-feira (18).
Essa é a avaliação do especialista em criptomoedas brasileiro Diego Consimo, que analisou o gráfico do BTC e disse que, embora haja uma tendência de reversão, o movimento pode ser interrompido por novas quedas em razão dos desdobramentos da macroeconomia e um possível efeito cascata da crise imobiliária chinesa, entre outros eventos que abalaram as bolsas nos últimos dias.
“Temos dois possíveis cenários nesse momento: o BTC encontrou seu fundo e está iniciando sua recuperação em busca dos US$ 30,2 mil e confirmaria uma reversão, ou está retraindo até a região dos US$28 mil para continuar caindo e finalizar as cinco ondas corretivas na região de US$ 23,8 mil a US$ 22,8 mil”, avaliou.
Gráfico de preços do par BTC/USD. Fonte: Fonte: Canal Crypto Investidor/TradingView
Segundo o fundador do canal Crypto Investidor, caso os principais índices do mercado de ações, entre eles o S&P 500 e o Nasdaq, “confirmem um fundo essa, o Bitcoin irá confirmar também.”
Em linhas gerais, a retração do Bitcoin começou a se acentuar na última quarta (17) com a divulgação da ata alarmante de julho do Federal Reserve (Fed) indicando a disposição do banco central dos EUA em promover novas medidas de arrocho em sua política monetária, ocasião em que as baleias compraram a queda de quatro altcoins.
No dia seguinte, o banho de sangue do Bitcoin se acentuou com a alta de rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, que atraíram liquidez e desfavoreceram o BTC, quando cinco altcoins apresentaram alta de até 30% e outras cinco derreteram até 48%.
Quanto à Evergrande, a crise do grupo imobiliário se arrasta desde 2021, quando a incorporadora anunciou um calote de US$ 300 bilhões que impactou fortemente o mercado de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph.