‘Ethereum vai se tornar mais centralizado e não funcional’, afirma desenvolvedor de Bitcoin
Tuur Demeester acredita que o projeto Ethereum está indo contra os ideais cypherpunks.
O desenvolvedor de Bitcoin e sócio da empresa Adamant Capital, Tuur Demeester, publicou recentemente um tweet sobre suas preocupações com a Ethereum e o futuro do projeto.
O projeto Ethereum foi lançado em 2015 e foi criado com a intenção de ser uma plataforma descentralizada capaz de executar contratos inteligentes e aplicações descentralizadas usando a tecnologia blockchain.
O Ethereum ainda é a segunda maior criptomoeda em capitalização de mercado com o preço atual de US$ 186 e quase US$ 20 bilhões de mercado. A moeda também apresenta o terceiro maior volume diário de negociação com US$ 8,90 bilhões.
Embora a Ethereum continue sendo a maior plataforma de desenvolvimento baseada em blockchain e a mais procurada opção para a criação de contratos inteligentes, nem todos concordam que o projeto é merecedor dessa posição.
O desenvolvedor do Bitcoin Tuur Demeester, postou recentemente sobre o projeto no Twitter, expressando suas preocupações sobre o Ethereum.
Segundo Demeester, a cultura do Ethereum é “antitética ao ethos cypherpunk” e ela só pode levar o projeto a uma maior centralização a ponto de torná-lo disfuncional.
Para provar seu argumento, Demeester postou quatro tweets, um dos quais foi originalmente publicado pelo desenvolvedor Vlad Zamfir, enquanto os outros três foram postados pelo co-fundador do Ethereum, Vitalik Buterin.
A publicação de Vlad Zamfir afirma que a redução de confiança não é um valor cypherpunk, mas uma tentativa autoritária de afetar a governança da tecnologia blockchain. Um dos tweets de Vitalik dizia:
“A idéia de usuários comuns validarem pessoalmente toda a história do sistema é uma fantasia estranha de homem das montanhas.”
Segundo Demeester, o Bitcoin é descentralizado pois permite que cada membro da rede tenha o mesmo poder de voto na validação das transações. Além disso a arquitetura da rede faz com que isso seja feito de forma democrática – qualquer um pode se juntar a rede Bitcoin e se tornar um validador de transações.
Esses e outros pensamentos expressos pelos desenvolvedores do Ethereum fizeram com que Demeester se envolvesse em outros protestos anti-Ethereum no passado. No final de dezembro de 2018, ele postou uma explicação de cinquenta tweets sobre os porquês dele ser contra o projeto.
O desenvolvedor detalhou as falhas que enxergava na Ethereum, incluindo o fato de sua cultura e arquitetura serem opostas às do Bitcoin.
A Ethereum vêm anunciando sua versão 2.0 a mais de um ano. A migração para um novo sistema de consenso – Proof of Stake – está em desenvolvimento, mas ainda não saiu do papel. Como mostrou o Cointelegraph, o número pequisas no Google por “Ethereum” atingiu o valor mais baixo dos últimos três anos.
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