Estrela do vôlei brasileiro campeão olímpico lança criptomoeda focada no esporte amador

Depois do universo financeiro, um dos setores à abraçar a tecnologia das criptomoedas é o esportivo. Recentemente, por exemplo, a UEFA, maior federação de futebol do mundo, anunciou uma plataforma, já em operação, que disponibiliza ingressos para jogos via blockchain.

Segundo o levantamento feito pelo Criptomoedas Fácil, quem também está buscando novas oportunidades através das criptomoedas é um quarteto formado por grandes nomes do esporte nacional: o campeão olímpico de vôlei Luiz Felipe Marques Fonteles (mais conhecido como Lipe) que é o presidente do projeto e convidou o esportita Alexsandro de Souza (conhecido como Alex Souza), astro do futebol e campeão da Libertadores. Além deles, integram o time desde o início os tenistas Carlos Kirmayr, um dos 10 maiores tenistas brasileiros e Fabian Blengino, treinador de tênis reconhecido mundialmente. Os quatro brasileiros integram o time da Smart League.

A Smart League, desenvolvida na blockchain da NEM pretende ser uma plataforma global para a realização de torneio amadores, afinal, segundo dados divulgados pela startup, existem cerca de 1,4 bilhão de pessoas que praticam esportes em todo o mundo e apenas 0,5% delas são profissionais. O problema é que apenas os profissionais têm acesso às tecnologias centralizadas nas mãos de algumas instituições. Por outro lado, as competições amadoras representam 86% dos torneios mundiais e apresentam precária organização, principalmente no que refere-se a aspectos tecnológicos, quando comparados a competições profissionais.

“Utilizando as ferramentas que o app fornece, atletas jogarão torneios organizados digitalmente e não manualmente, como acontece hoje. Imparcialidade na criação das chaves, possibilidade de desafiar pessoas e estimular assim o seu desenvolvimento para melhorar seu posicionamento no ranking. Visualizar e desenvolver seus movimentos técnicos através da análise biomecânica, remunerar o seu trabalho, tendo a possibilidade de criar vídeo-aulas que poderão ser compradas no app. Essas e mais tantas outras funcionalidades fazem da Smart League a melhor plataforma para o esporte amador. Imagine a seguinte situação: você chama a galera para jogar uma pelada na quinta-feira a noite, mas estão sem goleiro, então você abre o app e encontra um goleiro, bem rankeado e que se interessa em jogar pra você por 50 PODIUM (token da plataforma). Não é incrível? São muitas as possibilidades em todos os esportes”, afirma o presidente do projeto e campeão olímpico Felipe Fonteles.

Fonteles destaca que começou a se interessar por Bitcoin e criptomoedas ainda em 2014, inicialmente de olho nas possibilidades da criptomoeda como investimento, no entanto, aos poucos, o interesse financeiro foi dando lugar ao amor, a medida em que foi estudando mais sobre como a tecnologia funciona e a disrupção que ela pode criar. Foi a partir deste conhecimento adquirido sobre blockchain, smart contracts, altcoins, tokens, mineração, e outros assuntos e observando o ecossistema esportivo no qual está inserido que Fonteles resolveu que era preciso desenvolver uma aplicação que pudesse alinhar o esporte com este novo universo tecnológico para explorar as potencialidades de uma infinidade de talentos que, por inúmeros fatores, não pode desenvolver suas qualidades profissionalmente e, também aqueles que simplesmente querem praticar uma atividade esportiva.

O foco no esporte amador ao invés do esporte profissional e de alto rendimento veio justamente pela constatação clara de que há muito mais esportistas amadores que profissionais e na discrepância das oportunidades para os primeiros.

“Assim como o Bitcoin e a blockchain criaram um sistema que descentraliza as operações financeiras e devolveram o poder econômico as pessoas, pensamos em fazer o mesmo com o esporte e criar um novo ecossistema em que esportistas amadores ou simplesmente fãs do esporte possam integrar uma grande rede descentralizada e trocar experiências localmente e globalmente de uma forma totalmente nova”, diz Fonteles.

Para explicar o projeto de maneira mais simples, o campeão olímpico nos convida a imaginar a situação de um jogador amador de basquete que sai do Brasil e vai trabalhar em Nova York, mas quer preservar seu hábito de jogar basquete durante o final de semana por diversão, porém, aqui no Brasil, ouviu falar que bairros clássicos para o basquete “de rua” em NY podem ser perigosos. Então ele acessa a plataforma da Smart League e encontra as pessoas que jogam basquete naquela localidade, conversa com elas, e elas, por sua vez, percebem que ele também é um jogador com uma reputação x ou y. A partir daí a conexão acontece e ele pode se integrar na comunidade sem mais preconceitos ou receios.

“O fato de entregar tecnologia de esporte profissional como todos vêem na televisão, é por si só um fato a ser enaltecido. Criação e gestão de torneios de forma rápida e inteligente, desafio entre atletas do mundo inteiro, rankeamento mundial entre atletas amadores, o Genoma do esporte que registrará o histórico de cada jogador (resultados, estatísticas, dados técnicos). Além disso, metodologias de treinos de todos os esportes serão acessíveis diretamente através do app, professores poderão vender aulas e serem remunerados com Podium token, jogadores poderão receber tokens por participarem de eventos quando convidados. São muitas as funções e a interatividade dentro do app. E o melhor, nada disso é promessa, o App já está pronto”, segundo o atleta.

Embora o aplicativo e o smart contract já estejam prontos, uma oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês) da Smart League será iniciada agora em outubro e, no total, 250 milhões de tokens, chamados Podium coin (POD), serão disponibilizados (50% do total criado) e a startup pretende arrecadar cerca de US$16 milhões nesta fase do projeto.

Os recursos serão destinados para aumentar a divulgação da plataforma,o marketing em escala global do projeto e terminar o desenvolvimento das outras 32 modalidades esportivas que serão integradas à plataforma, sendo que 10 delas já em 2019. Ao contrário de outros projetos que angariam recursos para construir suas aplicações no caso da Smart League, o primeiro MVP do projeto que será realizado com a modalidade tênis de campo já está pronto. A startup destaca também que publicará um relatório anual, feito por uma auditoria externa internacional, a fim de mostrar que os fundos estão sendo usados ​​de acordo com as etapas planejadas presentes no white paper do projeto.

“O esporte tem que caminhar de braços dados com a tecnologia. Como nós mesmos desenvolvemos, é importante você ter a segurança dos dados descentralizados por exemplo. Além disso, a remuneração em cripto também é um passo importante. Fui atraído pela capacidade que o projeto tem em entregar produtos que estamos acostumados a viver apenas no mundo profissional aos atletas que sonham um dia em viver esse patamar. Ou mesmo aqueles que fazem esporte por lazer mas querem algo mais organizado. E tudo o que o app traz junto, possibilidade de remuneração para atletas, ex atletas, clubes e professores, é simplesmente incrível”, finaliza Fonteles, prevendo um novo mercado mundial que une o esporte amador às tecnologias mais avançadas dos ledgers distribuídos.

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Fonte: Criptomoedas Fácil

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