Em dia de Ibovespa instável, Credit Suisse eleva recomendação e admite ‘controversa’

O Ibovespa opera com certa instabilidade nesta quinta-feira (28). Após o índice futuro subir 2% após veto presidencial para reajuste de servidores, a bolsa brasileira abriu em baixa seguindo as tensões entre Estados Unidos e China. No entanto, o Credit Suisse trouxe boa notícia.

O banco de investimentos suíço elevou a recomendação das ações brasileiras. Da categoria “underweight”, subiu levemente para o patamar de “pequeno overweight”. A nota leva em consideração os mercados emergentes cobertos pela instituição.

Curiosamente, a mudança vem um depois que um executivo do CSCH afirmar que investir na bolsa brasileira implica alto risco. O banco reduziu sua exposição ao Ibovespa.

A recomendação do Credit Suisse, entretanto, vai na mesma corrente do Goldman Sachs, que indicou a compra de ações brasileiras. O famoso banco americano disse que o Ibovespa tende a bater 90 mil pontos em três meses com a recuperação da crise econômica passado o pior do coronavírus.

Os suíços, por outro lado, admitem que a elevação de recomendação é “controversa”. Eles argumentam que o mercado está claramente barato. Portanto, haveria boas chances de lucros. O banco aponta ainda que o real está “atipicamente barato”.

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O que mais chama atenção na bolsa brasileira

Para o banco, há uma seleção de pelo menos nove ações que merecem atenção do investidor estrangeiro. A maioria é do setor financeiro, que vem embalando a subida da bolsa americana e da europeia nos últimos dias. São elas:

  • Bradesco (BBDC4)
  • Banco do Brasil (BBAS3)
  • BB Seguridade (BBSE3)
  • Santander Brasil (SANB11)
  • Itaúsa (ITSA4)
  • JBS (JBSS3)
  • Vivo (VIVT4)
  • TIM (TIMP3)
  • Engie Brasil (EGIE3)

Crise política é fator de dúvida

Para o Credit Suisse, o principal fator que leva à confiança é a permanência de Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia. Ele é visto como atenuante à avalanche de críticas da comunidade internacional a Bolsonaro por conta da inabilidade para gerir a crise do coronavírus.

Houve críticas generalizadas ao tratamento feito pelo presidente (Jair) Bolsonaro do surto de Covid-19, bem como as demissões dos ministros da Justiça e da Saúde. No entanto, o que importa para nós é que o ministro da Economia, (Paulo) Guedes continua em seu posto.

No entanto, o ambiente de tensão entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal é visto como ameaça por outros analistas da bolsa.

A crise institucional se acirrou desde a última quarta-feira (27), com o cumprimento de mandados pela Polícia Federal no âmbito do chamado inquérito das fake news, que apura ameaças a ministros da Corte. Bolsonaro vê perseguição a aliados.

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