Proposta de Elon Musk pelo Twitter e falhas na rede Ethereum se transformam em farpas entre Vitalik Buterin e Jack Dorsey

Discussão começou quando o o cofundador da blockchain disse que ‘poderia dar muito errado’ eventual venda da rede social para o bilionário da Tesla.

A proposta apresentada na última semana pelo magnata da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, de comprar o Twitter por US$ 54,20 por ação, montante que superaria os US$ 40 bilhões, continua despertando alvoroço no mercado financeiro. Mas a investida do bilionário, que já detém 9,2% das ações da gigante da mídia social, também rendeu uma troca de alfinetadas entre o cofundador da rede blockchain Ethereum (ETH), Vitalik Buterin,  e o cofundador do Twitter, Jack Dorsey.

Aos seus 3,6 milhões de seguidores no Twitter, Vitalik criticou a investida “hostil” de e pessoas e organizações em relação à tentativa de domínio das mídias sociais. 

Não me oponho a Elon controlando o twitter (pelo menos em comparação com o status quo), mas eu discordo do entusiasmo mais generalizado de pessoas/organizações ricas que tomam o controle de forma hostil de empresas de mídia social. Isso poderia facilmente dar *muito* errado (por exemplo, imagine um governo estrangeiro eticamente desafiado fazendo isso), disse.

O doutor em ciências sociais, escritor e professor da Universidade George Mason, Robin Hanson, criticou o que qualificou como “obstáculos legais fracos”, que indiretamente facilitariam as aquisições de pessoas e organizações de mídias sociais. 

Devemos ter muito mais aquisições hostis, por meio de obstáculos legais mais fracos para fazê-lo. Eles são uma maneira poderosa de disciplinar o gerenciamento, disparou  Robin Hanson. 

Diante de uma enxurrada de críticas à tentativa de Musk de comprar o Twitter, expressas nas respostas da publicação de  Vitalik, entre elas uma comparação com a compra do Wall Street Journal em 2013 pelo bilionário da Amazon Jeff Bezos,  Jack Dorsey sinalizou que não concordava com o monopólio das mídias sociais dizendo que:

Não acredito que nenhum indivíduo ou instituição deva possuir mídias sociais ou, mais geralmente, empresas de mídia. Deve ser um protocolo aberto e verificável. Tudo é um passo para isso.

O posicionamento de Dorsey parece ter sido o que a plataforma de redes sociais descentralizadas DeSo (DESO) esperava para aproveitar o debate e difundir a proposta da empresa:

Olá @Jack. Concordamos e temos uma visão semelhante para o futuro das mídias sociais. Trabalhamos no protocolo DeSo há anos e nos dedicamos a resolver os problemas que vemos hoje com as mídias sociais e a centralização de dados.

Da mesma forma, Jack também usou a mudança do norte da conversa pela DeSo para criticar a rede Ethereum.

Se você está desenvolvendo em Ethereum, você tem pelo menos um, senão vários pontos de falha e, portanto, não são interessantes para mim, alfinetou o cofundador do Twitter.

Embora tenha sido replicado pela  DeSo com o argumento de que a empresa possui sua própria blockchain, outros interlocutores compreenderam que o alvo de Dorsey não era a DeSo e sim Buterin. 

Fora do ringue de Vitalik Buterin e Jack Dorsey,  as criptomoedas ganharam prioridade no discurso de Musk para uma eventual compra do Twitter. Em uma conferência realizada em Vancouver na última semana, ele disse que a principal prioridade em caso de aquisição da mídia social incluiria a redução de tweets de golpes com criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph.

 

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