Disney estaria encerrando sua divisão de metaverso

A divisão do metaverso fora inicialmente criada para desenvolver novas formas de engajamento do público da Disney.

A gigante do entretenimento Disney está encerrando as operações de sua divisão dedicada ao desenvolvimento do metaverso como parte de um plano de reestruturação mais amplo que pretende cortar as despesas operacionais da empresa em US$ 5,5 bilhões, e que inclui a demissão de 7.000 funcionários em dois meses.

A notícia foi relatada pelo The Wall Street Journal (WSJ) em 28 de março, a partir de informações obtidas com “pessoas familiarizadas com o assunto”.

Todos os cerca de 50 membros da divisão do metaverso terão seus contratos de trabalho encerrados, exceto Michael White, que liderou a unidade de produtos ao consumidor mais ampla, informou o WSJ.

A Disney abandonou o plano de desenvolver seu próprio programa de assinaturas como o Amazon Prime, de acordo com @RWhelanWSJ.

A Disney também eliminou a divisão que estava desenvolvendo estratégias focadas no metaverso, de acordo com a reportagem.

— Scott Gustin (@ScottGustin)

Entende-se que a divisão do metaverso da empresa foi criada em fevereiro de 2022 para desenvolver novas formas de engajamento do público da Disney, a partir da exploração da marca e de seus personagens.

A Disney também patenteou em 28 de dezembro de 2021 um “simulador de mundo virtual”, que visa facilitar a interação com experiências de realidade aumentada (AR) nos parques temáticos da Disney sem a necessidade de uso de headsets.

A empresa também chegou a avaliar a integração da tecnologia do metaverso às plataformas de apostas esportivas, mas a ideia nunca avançou.

A decisão de cortar despesas operacionais e o número de funcionários foi tomada após a realização de uma consultoria liderada pela McKinsey & Company. O principal objetivo da Disney era encontrar oportunidades de corte de custos, de acordo com a reportagem.

As condições econômicas desfavoráveis e o aumento da concorrência no setor de streaming foram dois dos principais fatores que contribuíram para a decisão.

Tanto os antigos quanto os atuais executivos-chefes da Disney, Bob Chapek e Robert Iger, já haviam demonstrado otimismo quanto às oportunidades de investimento no metaverso.

Chapek descreveu o metaverso como “a próxima grande fronteira narrativa” da indústria do entretenimento, enquanto Iger trabalhara anteriormente como diretor e consultor na Genies, uma plataforma de avatares digitais baseada na blockchain Flow da Dapper Labs.

O Cointelegraph procurou a Disney para comentar a notícia, mas não recebeu uma resposta imediata.

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