Desempenho de fundos cripto pode desencadear a próxima correção do Bitcoin, diz JPMorgan
O bitcoin segue forte depois de uma ótima semana batendo recorde atrás de recorde. No entanto, a consistência do seu preço no futuro dependerá do desempenho dos fundos de investimentos de criptomoedas.
Essa é a opinião de Nikolaos Panigirtzoglou, estrategista do maior banco dos Estados Unidos, JPMorgan Chase.
Conforme declarou à Bloomberg nesta segunda-feira (21), os grandes fundos de investimento de bitcoin desempenham um papel importante no bem-estar do mercado cripto.
Caso o interesse por eles entre os investidores diminua, crescem as chances de uma correção no preço do bitcoin, semelhante à do segundo semestre de 2019.
Entre os principais fundos disponíveis atualmente, o Bitcoin Trust da Grayscale é o maior e mais popular entre as opções do mercado.
Em dezembro de 2019, o valor investido no Bitcoin Trust era de US$ 2 bilhões. Hoje, um ano depois, o valor decolou para US$ 13,1 bilhões.
O preço do bitcoin que triplicou de lá para cá não passou despercebido pelos investidores que encontraram nos fundos consolidados, como o da Grayscale, uma boa forma de investir.
- Como comprar Bitcoin e entrar no grupo de sinais gratuito do BeInCrypto
A Grayscale capta ao menos US$ 1 bilhão de investidores por mês. De acordo com o analista da JPMorgan, os fluxos de entrada e saída dos fundos impactam diretamente no preço do BTC.
“Os fluxos para os fundos são muito grandes para permitir que qualquer posição que desenrole de traders momentâneos possa criar uma dinâmica de preço negativa sustentada.”
Fundos de investimento como o Bitcoin Trust são importantes pois demonstram como caminha a confiança dos investidores no mercado das criptomoedas. Principalmente aqueles de grande porte, com capital para desembolsar grandes quantias em um fundo regularizado e confiável.
Fundos são uma boa opção para investidores que podem não ter tempo, disposição ou conhecimento suficiente para fazer a própria gestão de investimentos em cripto.
Bom desempenho dos fundos brasileiros
No Brasil, os fundos com exposição a criptomoedas, regulados pela Comissão de Valor Mobiliários (CVM), também estão aumentando sua popularidade.
Como noticiou o BeInCrypto, os fundos nacionais lucraram 46% só no mês de novembro. No acumulado anual, fundos como o da BLP Asset, com maior valorização do ano, já rendeu retornos de mais de 250% aos investidores.
A popularização dos fundos em 2020 pode estar ligada à busca de investidores de longo prazo por ativos que os protejam contra a fraqueza do dólar e riscos de alta da inflação.
A busca por investidores institucionais
Enquanto isso, os defensores das criptomoedas seguem firmes na sua missão de espalhar a palavra do bitcoin por aí. O último deles foi Michael Saylor da Microstrategy. Neste domingo (20), ele interagiu no Twitter com Elon Musk para convencê-lo a transferir parte do balanço patrimonial da Tesla para bitcoin.
Além disso, a Microstrategy divulgou hoje que possui um total de US$1.12 bilhão de bitcoin em sua posse, resultado de diversas compras de BTC que a empresa fez durante todo o ano de 2020. Conforme declarou Michael Saylor em nota:
“Atualmente a empresa detém aproximadamente 70.470 bitcoins […] vamos continuar a acreditar que o bitcoin fornecerá a oportunidade de melhores retornos e preservará o valor de nosso capital ao longo do tempo, em comparação com a retenção de dinheiro.”
O artigo Desempenho de fundos cripto pode desencadear a próxima correção do Bitcoin, diz JPMorgan foi visto pela primeira vez em BeInCrypto.
