Golpe com criptomoedas é investigado pelo Ministério Público no Acre

Suposta pirâmide financeira atraía vítimas para o negócio através de publicações nas redes sociais.

Apontada como uma suposta financeira, a Xland Investments está sendo investigada pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Segundo o CriptoFácil, o negócio prometia lucro a partir de investimentos em criptomoedas.

Instaurado nesta última terça-feira (1), o inquérito sobre a Xland Investments foi aberto pelo MPAC através da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor.

A investigação do Ministério Público aponta que os investimentos em criptomoedas eram oferecidos através das redes sociais pela Xland Investments. Além disso, o negócio é classificado como pirâmide financeira em um parecer com participação da CVM.

Promessa de lucro fácil

Os negócios da Xland Investments são oferecidos em redes sociais como o Facebook, onde a empresa faz publicações constantes. Com mais de 4 mil curtidas, a empresa é apresentada como um “site de negócios e economia”.

No entanto, para o MPAC o negócio da Xland Investments pode ser configurado como sendo uma pirâmide financeira. A informação sobre o inquérito fala que uma notícia deu origem à investigação.

“A investigação visa apurar a notícia que chegou à Promotoria de que a empresa estaria atraindo consumidores/investidores, por meio de investimento financeiro no mercado de criptomoedas, sob a promessa de rentabilizar e entregar aos clientes lucros satisfatórios advindos das altas variações do mercado de ativos digitais de forma fácil, segura e descomplicada.”

CVM condena negócio

O inquérito aberto sobre a atuação da Xland Investments no Acre aponta que um parecer contra a empresa foi publicado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Procuradoria Federal Especializada.

Nesse documento, a Xland Investments é apontada como um negócio que pode lesar investidores. Além disso, o parecer que será utilizado pelo MPAC fala que o negócio é uma “pirâmide”.

“Esquema empreendido pela empresa investigada implica potencialmente na perspectiva de lesão a um número indeterminado de pessoas, dadas as suas características, comumente associadas aos chamados esquemas de pirâmide, e abrangência que a divulgação de suas ofertas irregulares de supostos investimentos alcança através das redes sociais.”

Pirâmide financeira

Responsável pelo inquérito que investiga a Xland Investments, a promotora Alessandra Garcia Marques fala como as pirâmides financeiras atuam no mercado enganando vítimas.

Segundo Alessandra, a maioria dos investidores que entram em negócios desse tipo acabam no prejuízo. Além disso, a promotora destaca que as pirâmides financeiras são completamente insustentáveis.

“As pirâmides financeiras consistem em uma manobra não sustentável que paga valores a pessoas pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema. Tais pirâmides propiciam lucros a alguns poucos e prejuízos à maioria, sobretudo quando começam a ruir em razão da necessidade não suprida de aumentar a base de pessoas que delas participam.”

Além dos documentos já anexados ao inquérito, o MPAC busca mais informações sobre a Xland Investments no Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC). O órgão deve prestar informações sobre a atuação da empresa investigada logo após receber um ofício do MPAC.

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