App de criptomoedas Bybot é acusado de aplicar golpe de R$ 70 milhões em meio ao sumiço do ‘Engomadinho do Bitcoin’

Robô de arbitragem de criptomoedas prevê licenças anuais de R$ 4 a R$ 10 mil e depósito mínimo de R$ 20.

Aproximadamente cinquenta pessoas relatavam terem sido vítimas de golpe do aplicativo Bybot, na lista de reclamações da empresa no site Reclame Aqui, até o começo da tarde desta terça-feira (29), quando o Cointelegraph Brasil verificou que o site do Bybot, que se apresenta como um robô de arbitragem de negociação de criptomoedas, permanecia no ar. Entretanto as páginas do Bybot nas redes sociais, como o X e o Instagram, estavam indisponíveis. 
Captura de tela/X
De acordo com uma reportagem do portal Metrópoles, o principal promotor e executivo do Bybot, Gustavo Diniz, teria fugido após deletar todas as suas contas nas redes sociais. O que teria acontecido após o travamento de, pelo menos R$ 70 milhões, em saques de clientes do Brasil, Estados Unidos e Europa, após uma suposta “manutenção” no aplicativo, que vende licenças anuais de R$ 4 a R$ 10 mil e depósito mínimo de R$ 20.
O “Engomadinho do Bitcoin”, como Gustavo já está sendo chamado, teria fugido do país em direção Ásia.
“Ri aí pessoal, como vocês viram, as manutenções estão acorrendo de maneira periódica, executadas todas no período da noite […] Nós seguimos com a manuten~]ao de nossa Api, que vai vir muita coisa boa, muita otimização que só resulta em benefício mutuo”, disse o executivo em um vídeo reproduzido pelo Metrópoles no X.

“Gustavo Diniz nos roubou. Estou desempregada, tenho uma filha e peguei R$ 12,5 mil emprestados pra investir na Bybot, que tem como CEO Gustavo Diniz”, “Me roubaram US$ 10 mil, aquele Gustavo Diniz com aquela cara lambida enganando todo mundo”, “Fiz um investimento baixo, mas essa quadrilha que assalta à mão não armada tem que cair, um por um, começando pelo Gustavo”, expressam alguns relatos no Reclame Aqui
Segundo o Metrópoles, os saques teriam sido interrompidos na última sexta-feira (25) e diversas ocorrências policiais já teriam sido registradas em São Paulo, Distrito Federal e diversos outros estados. No Reclame Aqui, é possível identificar a formação de vários grupos de Whatsapp com objetivo de reunir vítimas do Bybot para ingresso de representações judiciais. 
O “Engomadinho do Bitcoin”, por sua vez, é natural de Mogi das Cruzes (SP), um trader de origem humilde que teria se afastado da família depois que começou a viajar pelo mundo “colhendo os frutos” do sucesso financeiro trazido pelo aplicativo, o que incluía publicações em resorts de luxo, estações de esqui e prais paradisíacas, segundo a publicação. 
O Cointelegraph Brasil tentou sem sucesso localizar um canal de contato através do site do Bybot, o portal fica à disposição dos representantes da empresa, caso queiram se pronunciar. 
Quem não deve conseguir viajar, pelo menos com passagens emitidas pela empresa 123Milhas, são os clientes da empresa que suspendeu a emissão de passagens entre setembro e dezembro desse ano. Enquanto isso, os sócios da 123Milhas têm depoimento previsto para essa terça-feira na CPI das Criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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