Pesquisas mostram desconfiança crescente da opinião pública em relação à IA

Uma pesquisa global com consumidores da Salesforce mostra uma desconfiança crescente em relação às empresas que usam IA, enquanto uma pesquisa australiana descobriu que a maioria acredita que a tecnologia emergente cria mais problemas do que resolve.

Os consumidores estão desenvolvendo uma “falta de confiança” cada vez maior com as empresas que usam inteligência artificial. Muitas pessoas têm manifestado preocupações sobre o possível uso antiético da tecnologia, de acordo com uma nova pesquisa da Salesforce.

Em 28 de agosto, a empresa de software de relacionamento com o cliente divulgou os resultados de uma pesquisa com mais de 14.000 consumidores e empresas em 25 países, sugerindo que quase três quartos dos clientes estão preocupados com o uso antiético da IA.

Mais de 40% dos clientes pesquisados não confiam que as empresas usem a IA de forma ética, e quase 70% disseram que é mais importante que as empresas sejam confiáveis à medida que a tecnologia de IA avança.

Uma coisa é certa: há o risco de falta de confiança em [moedlos de] IA.

À medida que mais e mais empresas usam IA, cabe às marcas conquistar a confiança de seus clientes.

Confira mais descobertas do novo relatório State of the Connected Customer:

— Salesforce (@salesforce)

A Salesforce destacou que os entrevistados se tornaram menos abertos ao uso de IA desde o ano passado.

Em uma pesquisa realizada em 2022, mais de 80% dos compradores empresariais e 65% dos consumidores estavam abertos ao uso da IA para melhorar as suas experiências de cliente – ambos números caíram em 2023, respectivamente, para 73% e 51%.

Criação de mais problemas do que soluções

Enquanto isso, outra pesquisa realizada com quase 1.500 australianos, divulgada em 28 de agosto pela empresa de pesquisa de mercado Roy Morgan, revelou que quase 60% dos entrevistados acreditam que a IA “cria mais problemas do que resolve.”

Um em cada cinco pesquisados também acreditava que a tecnologia provocaria riscos de extinção da humanidade até 2043 – ecoando os temores dos especialistas em IA que assinaram uma carta em maio declarando que a mitigação dos riscos de extinção humana decorrentes da IA deveria ser uma prioridade global.

Pesquisa da Roy Morgan foi realizada em conjunto com o recém-formado grupo de lobby Campanha pela Segurança de IA. Fonte: Roy Morgan

No entanto, apesar de as duas pesquisas recentes revelarem que há uma desconfiança crescente em relação à IA, um outro mostra que a maioria dos norte-americanos não ouviu falar – e muito menos usou – o chatbot de IA mais popular do mercado.

Um relatório da Pew Research divulgado em 28 de agosto, com mais de 5.000 norte-americanos, constatou que 18% tinham de fato usado o ChatGPT da OpenAI.

Cerca de um quarto do total já tinha ouvido falar do chatbot e, entre os que conheciam o ChatGPT, a maioria tinha menos de 30 anos e já havia usado o bot pelo menos uma vez – cerca de 40% dos entrevistados.

Homens, pessoas com menos de 30 anos e pessoas com pós-graduação foram os mais propensos a usar o ChatGPT. Fonte: Pew Research

À medida que ocorre um debate global sobre possíveis formas de regular a IA, congressitas de ambos os lados do espectro político dos EUA que estão cientes do ChatGPT estão preocupadas com o fato de o governo não ter avançado o suficiente na regulamentação do uso de chatbots de IA. Quase 70% é favorável ao estabelecimento de mais regras.

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