Mercado de fundos de hedge baseados em criptoativos dobrou em 2019, revela pesquisa da PwC
Novo relatório da PwC e da Elwood mostrou crescimento expressivo do mercado de fundos em 2019, passando dos US$ 2 bilhões.
O mercado de fundos de hedge baseados em criptoativos apresentou crescimento expressivo no último ano, de acordo com recente relatório divulgado pela PwC e conjunto com a Elwood.
O mercado de criptoativos, por conta do halving do Bitcoin, vem atraindo a atenção de muitos investidores que estão buscando valorização para seu portfólio em meio à incertezas.
Segundo o documento, o total de fundos de hedge de criptoativos subiu globalmente para mais de US$ 2 bilhões em 2019, frente aos US$ 1 bilhões no ano anterior.
A porcentagem de dinheiro investido nos fundos de hedge com de mais de US $ 20 milhões aumentou em 2019 de 19% para 35%. Enquanto a média de retornou sofreu uma ligeira queda, tendo apresentado 30% de retorno em 2019 vs 46% em 2018. As taxas médias de administração aumentaram de 1,7% para 2,3% e a taxa de performance diminuiu de 23,5% para 21,1%.
Segundo a pesquisa o primeiro trimestre de 2020 mostra que existem cerca de 150 fundos ativos de criptoativos. Quase dois terços destes (63%) foram lançado em 2018 ou 2019.
Imagem: PwC
Os fundos de criptoativos, como uma nova classe de ativos, começaram a ganhar força em 2017 com o aumento do envolvimento de investidores institucionais e de lá para cá, como podemos ver no gráfico acima, só vem crescendo.
Segundo também a pesquisa, os cinco principais altcoins alocados em seus portfólios foram: Ethereum (ETH, 67%), XRP (38%), Litecoin (LTC, 38%), Bitcoin Cash (BCH, 31%) e EOS (25%).
É interessante destacar que o Litecoin foi mencionado pelos fundos como um dos principais criptoativos negociados, apesar de seu valor de mercado ser relativamente menor do que a maioria dos criptoativos citados. Isso também se aplica ao ZCash e Ethereum Classic, mas em menor grau.
Imagem: PwC
No Brasil, temos 6 fundos conhecidos e regulados pela CVM: BLP Asset, Hashdex, QR Capital, Vitreo e TransferoSwiss. Contudo, é importante frisar que a CVM só permite investimentos em fundos de criptoativos que estejam ancorados fora do país.
Segundo noticiou o Cointelegraph Brasil, todos os fundos de investimento em criptoativos brasileiros apresentaram valorização no mês de março, mesmo o mercado tendo apresentado forte recuo.
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