Coronavírus será mais eficiente que o Bitcoin para acabar com o dinheiro físico
Segundo jornalista e professora da PUC coronavírus vai ajudar a impulsionar a digitalização do dinheiro
O coronavírus será mais eficiente para acabar com o dinheiro físico do que o Bitcoin.
Desta forma enquanto o Bitcoin luta há mais de 10 anos, entre outros, pela digitalização do dinheiro o coronavírus, em menos de 1 ano, mostrou a importância do dinheiro digital.
Assim, segundo a jornalista e professora da PUC, Luciana Brafman, ela, em uma nova realidade pós-pandemia, o dinheiro físico deve cair em desuso.
Ainda segundo a jornalista, em artigo publicado na Revista Veja, a nova realidade após a pandemia deve ver o dinheiro físico “morrer”.
Contudo a tendência de digitalização do dinheiro nasceu bem antes do Bitcoin e do coronavírus, sendo que o BTC é justamente resultado de diversos empreendimentos anteriores de dinheiro virtual.
Para se ter uma ideia, o cartão de crédito surgiu na década de 1920, nos Estados Unidos.
Inicialmente, os cartões de crédito eram dados somente aos clientes mais fiéis, que o dono do estabelecimento acreditava serem confiáveis por pagarem suas compras em dia.
Em 1968 foi lançado no Brasil o primeiro cartão de crédito de banco
Criptomoedas vão substituir o dinheiro?
Contudo, segundo ele , as criptomoedas representam também um desafio para esta nova realidade.
Para ela, entretanto, os criptoativos vão concorrer com outras formas de dinheiro digital já existente como aplicativos e maquininhas de cartão.
“Essa tendência – de diminuição da circulação de dinheiro vivo nas ruas – tem tudo para avançar no pós-pandemia, como consequência dos cuidados e restrições que as pessoas provavelmente adotarão para evitar contágio pelo novo coronavírus”, ressaltou ela. “O e-commerce contribui para a alta no volume de transações eletrônicas em detrimento do “cash”. A modalidade, em curva ascendente há décadas, vai reinar nestes novos tempos.”
CBDC
A jornalista também dedica parte do artigo para comentar as iniciativas de moeda digital do banco central (CBDC).
E, segundo ela, isto ressalta a tendência do fim do dinheiro físico.
Citando a Suécia que vem testando o e-Krona, destacou que no país hoje, somente 1% das transações são feitas com dinheiro
“O país tem, óbvio, a sua coroa – nome clássico para a moeda de uma monarquia. Pois a svensk krona, que existe desde 1873 e resistiu bravamente ao euro, deve desaparecer em breve”, observou.
Brafman cita também o Brasil e declara que um levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ) realizado no ano passado mostrou que 70% dos estabelecimentos comerciais aceitavam como forma de pagamento cartões de crédito e débito.
Contudo, segundo ela, o problema, no caso dos cartões, são as taxas.
“Todo mundo só quer pagar com cartão, ainda mais agora que ninguém quer encostar em dinheiro velho. Mas a taxa do cartão é a gente que paga”.
Porém segundo ela, o grande desafio para o dinheiro digital é sua segurança.
“Em um cenário projetado de alto desemprego e perda de renda, estas são questões importantes para impulsionar uma desejada retomada econômica. Nesse processo, a tecnologia não pode ser a vilã, mas sim uma grande aliada de empresários (grandes e pequenos), trabalhadores e consumidores”, finalizou.
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