Contrato que incluía criptomoeda indígena é vetado pelo governo
Ontem o presidente Jair Bolsonaro anunciou em seu Twitter que cancelou muitos contratos realizados pelo governo Temer, entre eles está um contrato de R$ 44,9 milhões com a Universidade Federal Fluminense (UFF), que envolve a criação de uma criptomoeda indígena.
Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados. Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela Ministra Damares e outros.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 7, 2019
Damares, é agora a responsável pela Fundação Nacional do Índio (Funai), e conforme foi noticiado pelo Estadão, ela suspendeu o contrato entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
Segundo o jornal O Globo,o contrato foi fechado no dia 28 de dezembro, poucos dias antes do fim do governo Temer e pretendia elaborar serviços como mapeamento funcional, criação de banco de dados territoriais e a implementação de uma criptomoeda para populações indígenas. Sendo assim, o orçamento incluía artigos sobre um estudo de viabilidade e desenvolvimento da plataforma para a criptomoeda.
Segundo o jornal, o governo suspendeu o projeto pois o contrato foi assinado de forma inadequada e precisava de uma análise técnica.
No contrato o presidente da Funai, Wallace Moreira Bastos afirma:
“A parceria se justifica com base no caráter técnico-científico do objeto em questão, tendo em vista as várias demandas do órgão de fomento cuja natureza está em consonância com as atividades desenvolvidas na área acadêmica.”
Bastos disse que a escolha da UFF teria vindo com base na experiência da Universidade em projetos dessa natureza, visto que a universidade já teria realizado trabalhos semelhantes para órgãos como Secretaria Nacional de Portos, Petrobrás, Ministério da Integração Nacional e Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Sobre a criptomoeda, foi ressaltado que essa era apenas uma parte do projeto, descrita como uma “ideia inovadora para criar uma moeda alternativa para os indígenas, que poderia transformar a realidade desses povos”.
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