Co-fundador da Ripple firma parceria com Greenpeace

Chris Larsen, cofundador da Ripple Labs, está liderando uma campanha para convencer a comunidade do Bitcoin (BTC) a migrar para um modelo sustentável e com eficiência energética.

Juntamente com o Greenpeace e outros grupos climáticos, a campanha “Mude o código, não o clima” visa pressionar os principais players, mineradores de Bitcoin e influenciadores como Elon Musk e Jack Dorsey a adotar um novo modelo de consenso.

A campanha já está em movimento, alcançando empresas líderes ao redor do mundo. Michael Brune, o líder da campanha, disse que empresas como Goldman Sachs, BlackRock, Venmo e PayPal são empresas que ele prevê que “serão úteis para esse esforço”.

Agora, foram divulgados planos para lançar uma campanha publicitária direcionada à demais grandes empresas e ativos. A campanha foi iniciada com uma doação de US$ 5 milhões de Larsen.

A campanha usará a mudança planejada do Ethereum (ETH), que adotará o método de prova de participação (PoS), que deve reduzir o consumo de energia da rede em 99%,.

“Agora, com a mudança do Ethereum, o Bitcoin realmente é a exceção”, disse Larsen à Bloomberg, acrescentando que seu pedido de mudanças no código da criptomoeda não decorre de uma rivalidade em relação ao XRP. “Provavelmente a melhor coisa que eu poderia fazer é deixá-lo continuar neste caminho”, disse ele.

Larsen sugeriu uma transição para o Bitcoin por meio de um soft fork que manteria a rede como uma única blockchain. Outra maneira de o Bitcoin fazer a troca seria através de um soft fork que dividiria a rede em duas, com uma executando o métódo atual de prova de trabalho (PoW) e a outra executando o PoS.

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Bitcoin pode migrar para PoS?

Mudar o núcleo da rede Bitcoin é uma tarefa muito difícil. Em 12 anos, a rede viu apenas algumas mudanças, sendo as mais recentes as atualizações SegWit e Taproot.

Antes que uma atualização aconteça na rede Bitcoin, a maioria dos mineradores teria que votar a favor dela. E devido à quantidade de dinheiro que os mineradores ganham com suas atividades, qualquer risco dessa mudança torna o resultado imprevisível.

“Eu colocaria a chance do Bitcoin passar para a prova de participação em exatamente 0%”, disse Chris Bendiksen, da Coinshares. “Não há apetite entre os Bitcoiners para destruir a segurança do protocolo fazendo tal movimento.”

A lógica por trás da declaração de Bendiksen decorre do fato de que a maioria dos entusiastas da criptomoeda são adeptos do código estabelecido pelo fundador do ativo e da rede BTC, Satoshi Nakamoto.

Mas Larsen acredita que os tempos estão mudando e a prova de trabalho não é adequada para suportar uma rede tão grande quanto a do Bitcoin.

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