Coinbase bloqueia 25.000 endereços de clientes da Rússia

A Coinbase bloqueou 25 mil endereços cripto de clientes da Rússia, visando estar de acordo com as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos à cidadãos e instituições do país.

Em postagem em blog publicada nesta segunda-feira (7), o diretor jurídico (CLO) da Coinbase, Paul Grewal, informou a decisão de suspender o acesso de milhares de indivíduos e instituições russas que possuíam contas na exchange. A ação foi tomada tendo como base as sanções econômicas que os EUA e diversos países do ocidente estão impondo à Rússia como resposta a invasão da Ucrânia.

O CLO destacou que a empresa, que é a maior exchange dos EUA e primeira empresa cripto a abrir capital no país, pretende, ao ir de acordo com as sanções impostas, ganhar uma maior confiança de órgãos governamentais norte-americanos. Vale destacar que o governo dos EUA deve impor novas diretrizes sobre o mercado cripto em breve, sendo especulado que o presidente Joe Biden assine uma nova diretiva sobre criptomoedas ainda nesta semana.

Grewal ainda fez questão de enfatizar que a Coinbase acredita que as sanções impostas são cruciais para promover segurança e estabilidade no cenário econômico mundial, em meio as incertezas trazidas pelo governo russo.

“As sanções desempenham um papel vital na promoção da segurança nacional e na dissuasão de agressões ilegais, e a Coinbase apoia totalmente esses esforços das autoridades governamentais”.

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Como a Coinbase e demais exchanges estão lidando com as sanções?

Mesmo com especialistas afirmando que dificilmente a Rússia irá utilizar ativos cripto para escapar das sanções impostas, cresce cada vez mais a pressão para que exchanges e demais empresas do setor impeçam que indivíduos e empresas russas utilizem seus serviços. No entanto, os líderes dessas companhias possuem uma visão diferente.

Apesar de fazer uma grande doação à Ucrânia, a Binance afirmou que “não é ético” impedir que toda a população russa fique sem acesso aos seus serviços, visto que boa parte da população se vê refém das ações tomadas por Putin. O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, possui uma visão semelhante, afirmando em entrevista que as criptomoedas podem ser a salvação dos cidadãos do país.

Para a maioria das empresas e entusiastas cripto, impedir que toda uma população tenha acesso a este mercado vai contra a descentralização que as criptomoedas representam. No entanto, visando não sofrer uma onda de restrições, as exchanges têm se mostrado dispostas a cumprir imposições governamentais estabelecidas para usuários e instituições específicas que forem sancionadas.

Como destacado por Grewal, a Coinbase tem usado ferramentas de KYC para bloquear acesso a contas e tentativas de evasão de usuários que estão em listas de sanções internacionais. A exchange ainda utiliza geofencing para monitorar e impedir que endereços IP de territórios sancionados tenham acesso à sua plataforma.

Apesar dos diversos cuidados feitos pela empresa, o CLO acredita que dificilmente o mercado cripto seja usado pelo governo e empresas russas, devido ao fato de transações feitas em blockchain serem rastreáveis e públicas. Para Grewal, criptomoedas oferecem uma maior chance de encontrar usuários sancionados do que as moedas fiduciárias.

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