Cofundador da extinta exchange QuadrigaCX supostamente administra a Wonderland
Alegações que surgiram recentemente sugerem que o fundador do protocolo DeFi Wonderland foi o cofundador da agora extinta exchange QuadrigaCX.
Em uma série de postagens no Twitter publicadas na quinta-feira (27), o investigador de finanças descentralizadas (DeFi) zachxbt aparentemente revelou a verdadeira identidade do anteriormente anônimo cofundador da QuadrigaCX, Michael Patryn, doxxing ele como @0xSifu, o fundador do protocolo DeFi Wonderland.
1/ Isso precisa ser compartilhado @0xSifu é o cofundador da QuadrigaCX, Michael Patryn. Se você não conhece, essa é a bolsa canadense que entrou em colapso em 2019 depois que o fundador Gerald Cotten desapareceu com US$ 169 milhões
Confirmei isso com Daniele por mensagens. pic.twitter.com/qSfWNnQPhr
— zachxbt.eth (@zachxbt) 27 de janeiro de 2022
Após a publicação de mensagens privadas entre zachxbt e Daniele Sesta — o fundador do Wonderland e Abracadabra — Sesta twittou sua perspectiva sobre o caso, afirmando que “não tenho viés sobre @0xSifu, ele se tornou um amigo e parte da minha família e se minha reputação de julgamento será atingida por seu dox, que seja.”
Um blog recente do Mirror.xyz escrito por Sesta revela que ele tomou conhecimento do histórico de carreira de Sifu há apenas um mês, mas decidiu manter seu papel como gerente de tesouraria com base nos princípios de segundas chances. No entanto, após o clamor público apaixonado em resposta aos seus tweets esta manhã, Sesta tirou um momento para refletir sobre a situação e concluiu que:
“Decidi que ele precisa renunciar até que haja uma votação para sua confirmação. A Wonderland tem a palavra sobre quem administra seu tesouro, não eu ou o resto da equipe da Wonderland.”
Em 9 de janeiro, Sesta declarou seu otimismo em projetos em que os fundadores e equipes revelam sua identidade pessoal, afirmando que “os tokens de equipes Doxxed superarão os anons. Preste atenção”.
Este é um tema comum testemunhado no espaço DeFi e token não-fungível (NFT) para apoiar a evolução da marca de uma entidade puramente dimensional da web para uma comunidade global física e digitalmente interativa.
A Wonderland surgiu no espaço em setembro de 2020 como um fork do Olympus DAO, lançado na rede Avalanche. A comunidade se autodenomina “frogs”, mas o protocolo de moeda de reserva descentralizada ainda não deu grandes saltos no mercado.
De acordo com dados atuais do site, o protocolo tem US$ 360 milhões em valor total bloqueado (TVL), enquanto seu ativo nativo, o TIME, caiu quase 97,5% em relação aos recordes de apenas dois meses atrás e caiu 30% na quinta-feira, para US$ 355.
Na última semana, os fundadores intervieram com uma estratégia de flexibilização quantitativa de injetar milhões de dólares nos projetos em uma tentativa desesperada de conter o derramamento de sangue nos preços.
A saga QuadrigaCX começou após a morte prematura de Gerald Cotten, cofundador da exchange de criptomoedas canadense em dezembro de 2018. Nos dias que se seguiram, surgiram alegações de que mais de US$ 145 milhões em fundos de clientes foram extraviados, com a equipe citando uma incapacidade de localizar as senhas criptografadas para as carteiras de armazenamento a frio.
Nos anos que se seguiram, uma batalha legal em andamento começou entre os estimados 20.000 reclamantes e a exchange, com a empresa fiduciária Ernst & Young revelando no final de 2020 que eles têm apenas aproximadamente US$ 29,8 milhões em ativos para distribuir em comparação com os US$ 171 milhões em reivindicações.
A história despertou o interesse da gigante de streaming e produção Netflix, que anunciou recentemente que um documentário que dramatiza o mistério em torno da morte de Cotten e as consequências financeiras subsequentes está em andamento.
Intitulado Trust No One: The Hunt for the Crypto King, o filme está programado para estrear em 2022 e detalha a suspeita de malícia da QuadrigaCX em orquestrar uma puxada de tapete por inúmeras contas pessoais da base da comunidade.
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