CloudWalk conquista autorização do Banco Central e amplia avanço na Web3 com stablecoin própria

Licença vai favorecer a ampliação de produtos e serviços para mais de 300 mil empreendedores e 500 mil consumidores em todo o país, segundo a empresa.

A CloudWalk, fintech brasileira especializada em soluções de pagamentos, dona da maquininha InfinitePay, conquistou recentemente autorização do Banco Central do Brasil (BC; Bacen) para atuar nas três categorias de pagamento estabelecidas pela instituição. Uma delas é a de emissora de moeda eletrônica, que se refere ao gerenciamento de contas do tipo pré-paga, enquanto a segunda se relaciona à emissão de instrumento pós-pago, e, por fim, a de credenciadora, que permite à empresa cadastrar estabelecimentos comerciais para aceitação de instrumento de pagamento.

Na prática, a CloudWalk, que tem toda sua operação baseada em uma blockchain própria, via Web3, lançada em junho deste ano, é a primeira empresa do ecossistema de criptomoedas  a receber autorização do Banco Central. Isso porque a fintech é a emissora do Brazilian Digital Real (BRLC), uma stablecoin lastreada no real que permite aos lojistas o recebimento de suas vendas em dois segundos e sem cobrança de tarifa, o que não acontece no caso de pagamentos efetuados por empresas de cartão de crédito e débito. 

“Estamos muito satisfeitos com a nova licença aprovada pelo Banco Central. Esse é um marco de sucesso e reconhecimento da jornada da CloudWalk, que trabalha incansavelmente para revolucionar o sistema financeiro brasileiro e global”, disse  o  Sócio & CCO da companhia, Pablo de Mello.

A licença do BC representa a ampliação dos produtos e serviços financeiros oferecidos pela CloudWalk para mais de 300 mil empreendedores e 500 mil consumidores em todo o país. O que possibilita à CloudWalk, primeiro grande player do mercado cripto a obter autorização do Bacen, realizar a conexão direta entre o BRLC e o Pix, sem intermediários. 

“A nossa maior missão é inovar e trazer soluções diferenciadas para os nossos clientes. Queremos ser a principal solução financeira para pequenas e médias empresas brasileiras empreenderem. Essa licença também chega em um momento oportuno para expandirmos o InfiniteCash para outros grupos, como os consumidores”, completou Pablo de Mello. 

Segundo a empresa, a rede atualmente possibilita a realização de 500 transações por segundo envolvendo o BRLC, mas deverá chegar a cinco mil negociações por segundo com a stablecoin, cuja emissão já alcançou um volume de R$ 35 milhões desde o seu lançamento, em novembro do ano passado. De lá pra cá, o BRLC chegou a mais de 1,7 milhão de carteiras digitais e superou seis milhões de transações durante os seis primeiros meses de circulação. 

No caso da InfinitePay, a plataforma também permite o interfaceamento ao InfiniteCash, que funciona nos moldes de um protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) através do qual a CloudWalk já emprestou R$ 25 milhões a comerciantes brasileiros. De acordo com a empresa, a ferramenta elimina as solicitações de cheque especial dos bancos tradicionais, já que InfiniteCash utiliza como base de cálculo e cobrança os recebíveis do cliente. 

De olho na revolução dos sistemas de pagamento, a CloudWalk ainda lançou recentemente o InfiniteTap, que  permite pagamentos sem contato via celular, sem o uso da tradicional maquininha. O que não elimina a possibilidade de pagamentos por cartões, link de pagamento e Pix gratuito.

Entre as nove fintechs brasileiras integrantes das 250 mais promissoras do mundo, a CloudWalk faz parte de um grupo crescente de empresas que também utilizam as criptomoedas para fidelizar clientes, além da agilização de transações e da redução de custos operacionais, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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