Confira 7 mentiras que já contaram para você sobre Bitcoin e criptomoedas
Bitcoin não tem lastro. Criptomoedas são só pirâmides. Bitcoin é altamente poluente. Se você comprar criptomoedas vai perder todo seu dinheiro. Certamente você já deve ter escutado algumas destas frases, entre tantas outras que acabam propagando mentiras sobre o ecossistema de criptomoedas
Bitcoin não tem lastro. Criptomoedas são só pirâmides. Bitcoin é altamente poluente. Se você comprar criptomoedas vai perder todo seu dinheiro. Certamente você já deve ter escutado algumas destas frases, entre tantas outras que acabam propagando mentiras sobre o ecossistema de criptomoedas.
Em busca de desmentir algumas destas mentiras e aproveitando que em Abril, o dia 01, é conhecido como o “Dia da Mentira”, o Cointelegraph conversou com dois especialistas em criptomoedas, Caio Villa da Uniera e Vinicius Bazzan da Empiricus e pediu para eles separarem as principais mentiras que os investidores escutam sobre as criptomoedas.
Confira as 7 mentiras que já contaram para você sobre Bitcoin e criptomoedas.
Cripto é dinheiro fácil
Mentira! Criptomoeda não é dinheiro fácil, é necessário muito estudo e trabalho. Não tem mágica.
“E é isso que fazemos aqui na Uniera. Há toda operação, existe uma diligência gigantesca: seja na equipe, seja no setor econômico, seja para entender por que determinado token pode valorizar e outro não, assim como para entender tokens que são concorrentes, de mercados semelhantes, etc. Então, não é dinheiro fácil. É preciso muito estudo e trabalho. É preciso tomar muito cuidado”, destaca Caio Villa
Investir em criptomoeda é jogatina
Mentira! Há quem invista de qualquer jeito, sem estudar, mas isso acontece em qualquer outro tipo de investimento, inclusive do mercado tradicional. Villa destaca que se o investidor não faz um estudo adequado, vira cassino, mas se ele realmente estuda então entende o porquê de algo que pode valorizar ou não.
“O legal do mundo cripto é que surgem muitas boas oportunidades e, por vezes, as pessoas só percebem isso lá na frente, quando já perderam tempo. Aqui na Uniera, fazemos esse incentivo de investimento em estágio inicial de projetos.”, destacou
Bitcoin é utilizado para lavagem de dinheiro
Mentira! Villa aponta que normalmente quem fala isso é quem não entende nada porque isso é muito fora do mundo cripto e destaca que no mundo cripto, é 100% rastreado, você sabe o ponto inicial e o ponto final de uma transação.
“Existe crime no mundo cripto? Existe, mas é muito fácil de rastrear porque a blockchain é 100% transparente. Você consegue fazer uma auditoria tranquilamente. Além disso, o fato de ser anônima não é uma problemática porque num primeiro momento você não consegue identificar quem é o dono, mas você consegue ver que o dinheiro saiu de um lugar para outro”, disse.
O Bitcoin utiliza muita energia e polui o meio ambiente
Mentira! Isso veio à tona depois do Elon Musk, diz Villa apontando que as criptomoedas não precisam utilizar muita energia e ressalta que a verdade é que se gasta muita energia porque as pessoas querem dessa forma, elas querem gastar energia para minerar o ativo, mas ele não precisa.
“Se tivesse só dois computadores fazendo mineração, ele agiria do mesmo jeito, obviamente seria uma rede muito mais insegura, mas continuaria funcionando. Então, ele não precisa de muita energia, gasta-se porque as pessoas querem gastar”, aponta.
E sobre a poluição do meio ambiente, ele afirma que é o contrário: o Bitcoin faz com que novas tecnologias sejam criadas no mundo todo para desenvolver novas fontes de energia justamente para minerar criptomoedas e manter a rede funcionando.
“Tem gente estudando como conseguir energia mais limpa e de forma mais eficiente para minerar o ativo, assim como para ter um poder computacional maior que os outros. Tem vários estudos no mundo todo sobre fazer uma energia mais limpa e mais barata”, destacou.
O Bitcoin é anônimo é, por isso, é usado como “dinheiro do crime”
Vinícius Bazan afirmou que essa é uma das maiores desinformações que ele já ouviu e que o Bitcoin, como protocolo aberto, tem seu blockchain transparente e audiável. Logo, todas as transações que ocorrem na rede podem ser verificadas por qualquer usuário utilizando um block explorer.
“Se uma transação ou um endereço puder ser ligada a uma identidiade (por exemplo, uma transação que partiu de uma carteira num exchange que aplica o processo de KYC), pode-se identificar quem está transacionando. Na verdade, o bitcoin é um péssimo ativo se você quiser fazer uma transação anônima”, afirmou.
Criptoativos não têm valor e servem apenas para a especulação
Mentira! Segundo Bazan quem diz isso pouco entende sobre os projetos desenvolvidos nesse ecossistema e afirma que existem criptoativos que possuem pouco ou nenhum valor intrínseco, mas não se pode generalizar para o resto do mercado.
Muitos projetos que utilizam blockchain e possuem criptoativos relacionados a eles resolvem problemas reais e/ou criam oportunidades econômicas bem fundamentadas.
“Um exemplo são os ativos ligados a soluções de primeira camada, como é o caso de blockchains como o Ethereum. O token nativo (ETH) serve para remunerar os validadores da rede, bem como são a moeda utilizada pelos usuários para pagar taxas atreladas ao uso dessa infraestrutura. Uma série de aplicações são construídas em cima do Ethereum, desde soluções de finanças descentralizadas até jogos e adicionam valor à rede e, consequentemente, ao criptoativo ligado a ele”, afirmou.
Criptomoedas que custam centavos são melhores e podem se valorizar mais
Mentira! Bazan destaca que esse é mais um caso de falta de informação porém que é recorrente no mercado e que muitas pessoas investem, por exemplo, em SHIB (Shiba Inu) apenas porque a moeda vale frações de frações de centavos e acham que ela está barata.
“Não devemos olhar o preço de tela do ativo mas, em vez disso, sua capitalização de mercado, calculado como o preço do ativo multiplicado pela quantidade de moedas disponíveis no mercado. Um ativo que custa dezenas de milhares de dólares (como o bitcoin) pode estar muito mais “barato” em termos de potencial do que um ativo de centavos”, finalizou.
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