Índice global de adoção de criptomoedas em 2021 mostra domínio de emergentes com Venezuela, Argentina, Colômbia e Brasil

Quatro países da América do Sul aparecem na lista de adoção global de criptomoedas da Chainalysis, com disparada de 880% na adoção em 2021.

A casa de análises de criptomoedas Chainalysis divulgou na semana passada seu Global Crypto Adoption Index 2021, relatório que relata a adoção global de criptomoedas ao redor do mundo anualmente.

A publicação do relatório mostra que a adoção de criptoativos disparou 880% mundo afora, com as plataformas P2P dominando os mercados emergentes, que foram grande destaque no estudo.

Hoje, Vietnã, Índia e Paquistão dominam a adoção de criptomoedas no mundo, comprovando a resiliência dos sistemas P2P de criptomoedas entre as economias emergentes. O estudo avaliou 154 países usando como base em três métricas principais: valor de criptomoedas recebido na rede, valores transferidos no varejo na cadeia e volume de negociação em exchanges P2P. Cada métrica foi ponderada pela paridade do poder de compra de cada país.

Ao fim, o Vietnã dominou todos os índices, seguido pela Índia, que teve desempenho destacado nos valores recebidos on-chain e no volume no varejo. O Paquistão ficou em terceiro, destacando-se em todas as três métricas.

Outro grande destaque ficou para os países latinoamericanos no índice. A Venezuela é a mais bem classificada na região, em sétimo lugar, acima dos Estados Unidos, com a Argentina no 10o. lugar, a Colômbia em 11o. e o Brasil em 14o. lugar na lista. 

O domínio do Vietnã já havia sido confirmado por uma pesquisa similar, em estudo conduzido pelo site de comparação australiano Finder.com. No estudo junto a usuários de varejo, o Vietnã dominou 27 países em termos de adoção de criptomoedas.

Enquanto isso, as exchanges P2P, como LocalBitcoins e Paxful, estão liderando o aumento da adoção, especialmente em países como Quênia, Nigéria, Vietnã e Venezuela. Parte dos países vive sob controles rígidos de capital e hiperinflação, tornando os criptoativos um meio também de sobrevivência e combate à censura.

A Chainalysis observou que nestes países “as plataformas P2P têm uma parcela maior do volume total de transações, composta de pagamentos menores, de varejo, abaixo de US$ 10.000 em criptomoeda”.

Enquanto isso, na América Latina vários países estão explorando a aceitação de ativos digitais como o Bitcoin na economia comum. Em junho, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a reconhecer o BTC como moeda legal.

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