CFTC pagou US$ 16 milhões a delatores por informações relacionadas à indústria de criptomoedas

Dois dos delatores de criptomoedas da CFTC ganharam US$ 15 milhões por revelarem informações para que o órgão regulador abrisse processos de aplicação da lei contra entidades do mercado.

O órgão regulador de commodities dos Estados Unidos pagou US$ 16 milhões este ano a delatores que forneceram informações que restultaram em ações de execução bem-sucedidas. As criptomoedas foram o principal alvo do órgão governamental.

Em uma declaração divulgada em 31 de outubro, a Comissária da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), Christy Goldsmith Romero, disse que a maioria das denúncias recebidas este ano envolveram criptomoedas, “uma área que continua a se caracterizar por fraudes generalizadas e outras ilegalidades”, completou.

Estou muito orgulhosa desses escritórios e de seus resultados extraordinários. Como ex-IG, sei em primeira mão como os delatores são importantes. Sem eles, a CFTC não poderia proteger integralmente os clientes e os mercados. Clique aqui para ler sobre o maior número de denúncias, denúncias sobre criptomoedas e denúncias de fraude ambiental.

— Commissioner Christy Goldsmith Romero (@CFTCcgr)

Dois delatores receberam US$ 15 milhões por informações compartilhadas que resultaram ações execução bem-sucedidas em setembro; no entanto, o órgão regulador não ofereceu detalhes sobre a natureza desses processos.

Romero disse que os delatores são essenciais para mitigar fraudes de commodities e que a CFTC não seria capaz de “proteger integralmente” os clientes e os mercados sem eles:

“Os delatores ajudam a identificar fraudes e outras ilegalidades, interpretam provas importantes e economizam recursos e tempo consideráveis da Comissão. Quanto mais rápido pudermos impedir uma fraude, mais poderemos proteger os clientes contra danos.”

Romero reconheceu a importância do trabalho do Escritório de Educação e Informação de Clientes da CFTC, que orienta as pessoas a identificar, evitar e denunciar fraudes com criptomoedas.

“Com a ascensão das criptomoedas, mais clientes de varejo passaram a estar sob a jurisdição da CFTC”, disse Romero.

A CFTC distribuiu quase US$ 350 milhões desde o início do programa em 2014. Com ele, mais de US$ 3 bilhões foram arrecadados a partir de sanções de execução ordenadas em casos denunciados por delatores.

A CFTC ganhou o valor recorde de US$ 3,4 bilhões em um caso de fraude relacionado ao Bitcoin (BTC) em abril e ganhou seu caso contra o CEO da Digitex, Adam Todd, em julho, que foi condenado a pagar US$ 16 milhões em penalidades.

Em abril, Romero reiterou que o gerenciamento dos riscos associados às criptomoedas seria crucial para manter a integridade do mercado, a segurança nacional e a estabilidade financeira.

Ela defendeu a adoção de medidas mais eficazes de verificação de identidade (KYC), dizendo que elas minimizariam o financiamento de atos ilícitos através das criptomoedas.

À medida que o mercado de baixa se aprofunda, mais empresas de criptomoedas terão que demitir funcionários para manter suas operações.

Isso cria um novo risco: ex-funcionários insatisfeitos muitas vezes se tornam delatores, especialmente se tiverem informações valiosas que lhes deem direito a compensações financeiras pagas pela SEC ou pela CFTC.

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