Binance Labs e Ethereum Foundation apóiam novo código de programação ‘contra hackers’
A empresa de segurança blockchain CertiK lançou um manual de referência de demonstração para sua linguagem de programação DeepSEA, focada em smart contracts (contratos inteligentes).
A empresa de segurança blockchain CertiK lançou um manual de referência de demonstração para sua linguagem de programação DeepSEA, focada em smart contracts (contratos inteligentes).
A CertiK e seus projetos acadêmicos afiliados à pesquisa e desenvolvimento receberam financiamento de empresas como a Binance Labs, a Ethereum Foundation e a Qtum. A empresa compartilhou detalhes do novo lançamento com o Cointelegraph em 21 de fevereiro.
O manual de referência é um compilado da linguagem do código DeepSEA, lançado nesta semana, tem como objetivo fornecer aos desenvolvedores uma visão aprofundada e prática do design da programação.
Uma linguagem adequada ao objetivo
O DeepSEA é uma linguagem de programação funcional de contrato inteligente, criada originalmente no laboratório de pesquisa do professor Zhong Shao, presidente do departamento de ciência da computação em Yale e cofundador da Certik, juntamente com Ronghui Gu, professor assistente de ciência da computação da Universidade de Columbia.
Embora inicialmente tenham sido projetada para a implementação de software no sistema, os desenvolvedores do DeepSEA reorientaram seu uso na verificação formal e auditoria de contratos inteligentes e protocolos blockchain.
Eles argumentaram que as linguagens existentes não são adequadas aos procedimentos formais de verificação necessários para proteger adequadamente contra os altos riscos associados a possíveis vulnerabilidades nos contratos inteligentes.
Esses riscos estão ligados ao caráter auto-executável e imutável dos contratos inteligentes – como o ditado “código é lei” – e o professor Gu, no passado, defendeu o DeepSEA, apontando suas implementações anteriores em hardware de missão crítica, em sistemas como o NASA Mars Rover.
Os pesquisadores criticaram linguagens como Solidity e Facebook’s Move, argumentando que o DeepSEA é significativamente mais seguro e adequado ao seu objetivo. Ao usar provas matemáticas (verificação formal), eles alegam que podem garantir que a infraestrutura da blockchain seja “livre de erros e resistente a hackers”.
Seu lançamento antecede o lançamento da CertiK Chain Mainnet 1.0 da empresa, na primavera de 2020, após o lançamento da versão beta em novembro passado. A rede principal é totalmente interoperável com a blockchain Ethereum – permitindo que os contratos inteligentes existentes em Solidity sejam executados sem atrito – e com a rede Cosmos, e destina-se ao uso de vários aplicativos, como finanças e apostas descentralizadas.
O professor Gu disse que os desenvolvedores planejam integrar o DeepSEA à cadeia CertiK ainda este ano.
A principal exchange de criptomoedas da Coréia do Sul, a Coinone, também fez parceria com a CertiK para auditar projetos e tomar medidas preventivas contra explorações de segurança de código.