CEO da Binance confirma recuperação de US$ 430.000 de hack da Curve

O CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ), confirmou que a exchange conseguiu reter grande parte dos fundos roubados da Curve Finance.

CZ anunciou que a Binance conseguiu congelar e recuperar US$ 450.000 de fundos roubados do hack da Curve Finance em sua conta no Twitter nesta sexta-feira (12). O total relatado foi de US$ 573.000 em avaliação fiduciária, representando assim a recuperação de 83% dos fundos usurpados do protocolo DeFi.

Zhao comentou que o hacker  “continuava enviando os fundos para a Binance de várias maneiras, pensando que não poderíamos pegá-lo”. O CEO da Binance também confirmou que está trabalhando para poder devolver os fundos aos usuários afetados, o que é uma ótima notícia para as vítimas. Por enquanto, não se sabe quanto tempo esse processo de devolução pode levar.

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Como ocorreu o hack

A Curve Finance foi vítima de uma exploração de front-end causada por um problema de DNS. A equipe por trás do protocolo conseguiu resolver o exploit, congelando 112 unidades de ETH graças aos esforços do FixedFloat.

Embora esse exploit represente uma falha para os desenvolvedores e para o protocolo DeFi, a equipe mostrou uma boa reação ao fechar a brecha aberta pelo hack em questão de horas. Caso contrário, os prejuízos para o protocolo poderiam ter sido bem maiores.

Uma análise da exploração mostrou o modus operandi dos criminosos. Sempre que uma transação era aprovada para gastar qualquer ativo, eles drenavam manualmente os fundos para uma conta maliciosa de propriedade externa (EOA).

Medidas tomadas pela Binance

A indústria cripto tem a descentralização como um de seus pilares. Em contrapartida, uma exchange de criptomoedas como a Binance pode representar centralização, assim como o mundo DeFi, a descentralização. A liberdade tem seu preço, com esses novos protocolos descentralizados sendo mais visados pelos hackers.

Quando um hack ocorre, as exchanges de criptomoedas são expostas à pressão da comunidade, especialmente quando os hackers estão movendo fundos roubados para suas plataformas para converter em outras criptomoedas. Essas empresas devem deixar o mercado agir livremente ou intervir em suas contas por um bem comum decidido por um pequeno grupo de pessoas?

Em outras ocasiões, as exchanges preferiram não agir para mostrar a seus clientes que nunca intervirão em contas em nome de uma certa descentralização. Por exemplo, Huobi e Kucoin não intervieram nas contas de seus clientes em ocasiões anteriores, como no hack do XRP.

Adicionalmente, deve-se notar que as exchanges também se beneficiam da troca de milhões de dólares em criptomoedas graças às suas comissões, sujeitando as plataformas a um problema ético e possível conflito com as políticas internas da empresa.

CZ deixou claro desde o início que a Binance interviria nesses casos para o bem da indústria de criptomoedas, criando um fundo de US$ 1 bilhão para combater hacks e obtendo grandes vitórias nesse sentido. Sua empresa já conseguiu recuperar grandes quantias de dinheiro roubado, como US$ 5,8 milhões do hack visto na ponte Ronin do Axie Infinity, entre outros.

A natureza aberta e transparente da blockchain torna difícil para os hackers lavar o dinheiro roubado porque todos podem ver o histórico dos fundos e, assim, ficar de olho neles até que um erro seja cometido.

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