Banco Central anuncia que Pix terá integração com Drex e novidades em 2024

O Banco Central do Brasil (BC) anunciou que novas funções devem ser habilitadas no Pix no próximo ano, entre elas, um recurso de débito automático e integração com o Drex

O Banco Central do Brasil (BC) anunciou que novas funções devem ser habilitadas no Pix no próximo ano, entre elas, um recurso de débito automático e integração com o Drex, a nova moeda digital do país que deve ser lançada no próximo ano.

Segundo declarou nesta semana o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o PIx também devem ter presença internacional, possibilitando que brasileiros usem o sistema em outros países como se estivessem no Brasil. 

“Olhamos para uma parte internacional, para a parte dos pagamentos programáveis. Ele (o Pix) vai tomando uma função que, hoje, é do cartão de crédito”, disse o chefe do BC.

Embora a internacionalização do Pix esteja ainda em processo, comerciantes de países da América Latina já estão aceitando Pix para atender a demanda de turistas brasileiros. Já é possível ‘fazer um Pix’ em estabelecimentos no Uruguai, Argentina, Chile, Peru, México, Portugal e Estados Unidos.

Para isso, os comerciantes estão usando contas correntes de parentes ou até mesmo próprias abertas em bancos brasileiros e, por meio do app dos bancos, recebem o Pix em outros países como se estivessem no Brasil.

Sem dar muitos detalhes sobre a integração, Campos Neto também afirmou que o Pix terá compatibilidade com o Drex, ou seja, as ‘moedas digitais’ serão integradas, cada uma dentro de sua função, o Pix como forma de pagamento e o Drex como plataforma para tokens e contratos inteligentes.

“O Drex, a moeda digital do Banco Central, também vai interagir com o Pix em algum momento”, disse o presidente do BC.

Drex e inclusão financeira

O Drex tem potencial para levar ao mercado de capitais a inclusão financeira que o Pix trouxe para os serviços de pagamentos, especialmente por parte de pequenas e médias empresas.

Essa é a avaliação do coordenador do Drex no Banco Central, Fabio Araújo, que participou da live sobre o tema na terça-feira, dia 17, junto com o vice-presidente  da AMBIMA Eric Altafim e a jornalista Thais Herédia.

 “A estrutura básica está desenvolvida, já foram criados smart contracts para possibilitar a simulação de operações e todos os participantes estão conectados no sistema. Agora começam os testes de privacidade”, explica Araújo.

Para Eric Altafim, a novidade irá possibilitar mudanças exponenciais.

“O Drex poderá funcionar como um potencializador da tokenização, democratizando os investimentos e deixando-os mais baratos e acessíveis”, afirma. A expectativa é que nos próximos anos o mercado comece a testar as diversas possibilidades trazidas pela moeda digital.

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