Campeão mundial de skate Bob Burnquist aposta em metaverso e NFTs
Dez vezes campeão mundial, 30 vezes medalhista no X-Games – recorde histórico da competição – e sete vezes eleito skatista do ano. Robert “Bob” Dean Silva Burnquist é um fenômeno que inspirou e continua inspirando gerações.
O brasileiro, que tem Burn até no nome, ganhou o primeiro skate aos 11 anos e encarou a primeira competição aos 13 , mudou o conceito do esporte ao andar de skate com a base dos pés trocados, chamado de “switch” segundo o jargão da prática esportiva.
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Com tantos feitos inéditos, Bob não poderia ficar de fora da comunidade cripto ,que vem revolucionando o mundo com metaverso, tokens não fungíveis (NFTs) e tantas outras soluções com a blockchain.
O skatista, que mor há três décadas nos Estados Unidos, conversou com o Be[In]Crypto sobre sua jornada na comunidade cripto, o projeto social que tem no Brasil, plataforma no metaverso e NFTs que contam sua história de vida com arquivos pessoais incluindo fotos, áudio, videoclipes, arte, medalhas, troféus a radiografias de momentos icônicos da carreira.
“Meu desejo é que você se inspire para elevar seu espírito, assim como o skate elevou o meu. Esta é uma nova oportunidade com várias novas direções e uma maneira perfeita de compartilhar a arte do skate e meu estilo de vida geral”, diz Bob em seu site.
A ideia segundo o atleta é inspirar com “seus tokens codificados com amor e prosperidade”, além de “ser uma oportunidade de ouro poder compartilhar e conectar-se diretamente com todos os fãs” no que chama de Digiternity, onde compartilha a arte do skate e todas as outras expressões criativas da vida em um só lugar.
- Você tem NFTs de momentos da sua vida e carreira, tem algum que ainda não tokenizou e gostaria de fazê-lo?
Eu comecei uma linha de NFTs de cartões colecionáveis inspirados naquela linha de memorabília de esportes que tem uma pegada com os colecionadores nos Estados Unidos, jogadores de beisebol, futebol. Aqueles cards que tem um histórico, como, por exemplo, um card raro do Michael Jordan quando ele ainda era amador. Existem valores históricos atrelados.
Em um dos meus NFTs eu estou sentado em um sofá. É muito antigo a foto é do mesmo no ano que virei skatista profissional (1991).
E, depois dessa foto, adicionei vídeos nesses cards colecionáveis, influenciado também pelos NFTs do NBA Top Shot ,com os destaques de grandes jogadas colocadas em NFTs em várias edições, então fiz um de vídeo de uma manobra na Dreamland [mega rampa para prática de skate construída na casa do skatista em Vista, Califórnia, Estados Unidos]. no meu quintal que ficou bem legal.Então, esse é o início de uma coleção.
Na minha carreira, o que eu tenho de mais valioso são as manobras que eu acertei, que são gravadas, que foram filmadas. Assim, eu posso revirar o conteúdo do disco rígido como uma oportunidade de criar novos colecionáveis e assim construir novos NFTs. Tem muitos momentos para tokenizar que eu ainda quero lançar. Tem uma direção muito grande e estou gostando da oportunidade.
- Como você usa o blockchain no seu projeto social?.
A ideia agora é direcionar o recurso de uma maneira diferente. Então eu fiz uma carteira digital com protocolos diferentes, nas blockchains Solana, Ethereum e Tezos, apenas para o Instituto.
Eu tenho uma carteira do Instituto na Tezos, assim artistas que forem lançar seus NFTs na rede Tezos podem linkar e colocar o endereço da carteira do Instituto para receber royalties. Então você consegue receber multiplo royalties nos seus NFTs.
É possível ter colaboradores diferentes, então o artista que quer ajudar o instituto, a causa, direciona parte dos royalties que seria para ele para o instituto e a única coisa que precisa fazer é pegar o endereço da nossa carteira e colocar lá.
É uma nova forma de criar doação e a intenção é direcionar esse dinheiro para o desenvolvimento de novos programadores, para quem consegue enxergar a oportunidade que a Web3 está trazendo e o que essa nova maneira de transacionar trás, além de poder ajudar a própria comunidade com NFTs sociais ou poder trazer mais artistas para dentro do mercado que estão nas comunidades, os “cripto-crias”, como a gente nomeou o programa aqui.
Acredito que essa é uma das maneiras que a gente vai chegar nas comunidades, entre outras oportunidades. Com o recebimento de doação para o instituto em criptoativos, eu consigo trazer doadores do mundo inteiro para o projeto que a gente trabalha no Brasil.
- Já pensou em uma competição de skate no metaverso?
Já tive uma interação no metaverso. A última competição da mega rampa, que foi ao ar pela Band, aconteceu logo na época que eu construí meu metaverso. Durante a transmissão, as pessoas tinham acesso a um auditório para assistir a competição ao vivo pelo metaverso como se fosse uma tela de cinema. No final do campeonato, entrei na sala do metaverso e interagi com as pessoas de maneira até primitiva ainda, mas consegui falar, conversar, andar bem perto e foi bem legal!!
Acho um pouco difícil criar uma competição no metaverso porque competição de skate para ser competição de skate tem que ter o skate físico, mas podemos usar o espaço do metaverso de várias formar como criar telas, uma galeria de artes, expor NFTs dos projetos sociais, interagir com o universo de game com pessoas do mundo inteiro, só do Brasil. E tem as interações com realidade aumentada com um óculos físico. Então essa mistura de real com o virtual que a gente vai começar a ver aí, vai ser bem bacana.
- Como vê o impacto social dos games que usam NFTs hoje para ganhar dinheiro?
A blockchain é uma tecnologia inerente ao social, descentralizada, um ajuda ao outro e traz essa oportunidade de os jogadores trocarem, comprarem, emprestarem e venderem vários artigos digitais para os personagens, que vão desde roupas, objetivos e até terrenos.
Tem ainda a construção do próprio personagem, nível de dificuldade. Tudo isso leva tempo e, depois, o jogador pode vender tudo separado ou junto, objetos com interações digitais, uma troca de mercado enorme dentro do jogo. Então, essa forma de mercado é muito grande e importante . A maioria dos games grandes e quase todo mundo está caminhando para esse lado do NFT de alguma maneira. Então isso é legal!
- Como acha que as novas tecnologias cripto podem ajudar no incentivo da prática esportiva?
O importante é que cripto e NFTs são apenas uma forma de transacionar. É uma nova maneira de interagir, financeiramente descentralizada, então tudo pode ser construído, é possível incentivar tudo que tenha troca de valores, então, na prática esportiva, se você quer viver do skate, da sua arte, do esporte ou o que deseja, agora existe uma nova maneira de colocar o seu negócio no mercado.
Hoje nada impede você de vender uma atuação, uma palestra ou uma demonstração de skate via NFT. Tudo pode ser tudo feito via NFT, fazendo com que você consiga agora viver da própria arte sem intermediários, porque o seu mercado se abre para o mundo inteiro e a oportunidade de fazer dinheiro em criptomoedas, que hoje em dia, no caso, são as moedas mais valiosas.
Além de poder viver daquilo que você ama, porque você agora transaciona no novo, é uma nova tecnologia que te ajuda e multiplica a escala que tem uma escalabilidade bem maior!
Sonhos e ossos quebrados. É uma luta dolorosa e alegre. Todo o esforço, amor e paixão valem a pena. Momentos se tornam eternos. Criar é uma oração de gratidão ao Criador. Quando fecho os olhos, posso viver e sentir os truques que consegui ao longo dos anos. Alguns deles desembarcaram apenas uma vez. Manifestado para sempre.
Somos crianças douradas em uma era dourada com um propósito dourado. E este é o meu dent digital no universo.
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