GreenTech britânico-brasileira lança plataforma de tokens de créditos de carbono vinculados à preservação da Amazônia

Empresa promete funcionar como um ecossistema de referência para as empresas que buscam sustentabilidade e adoção de práticas ESG.

Proteger 106.564 hactares de florestas nativas em regiões amazônicas dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia por meio do apoio a 17 projetos sociais que envolvem, além da preservação da mata nativa, a proteção de 192 espécies de mamíferos, 460 de peixes, 500 de répteis, 368 de aves e 200 de anfíbios. É o que promete o Token de Preservação Greener (TPG), um criptoativo criado pela GreenTech britanico-brasileira Greener, que também é o nome da plataforma que começa a negociar, nesta segunda-feira (19), tokens de lotes de crédito de carbono auditados de áreas preservadas da Amazônia Brasileira

A plataforma global funcionará como um ecossistema de compra de criptoativos de neutralização de emissão de CO2, com o TPG funcionando como um token nativo representando uma tonelada de crédito de carbono de qualidade premium certificado, segundo informações publicadas pelo jornal Valor Econômico. 

No total, serão tokenizadas 74,22 milhões toneladas de CO2, estocados pela biomassa preservada, montante equivalente à neutralização de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de uma indústria de grande porte durante dois anos. 

Criada pela startup britânico-brasileira DaX Green, especializada em tokens não fungíveis (NFTs), e pela gestora Reag Investimentos, apoiada pelo fundo Jade Reag, o projeto de preservação e contabilização dos créditos de carbono conta com o apoio técnico da Unesp, que trabalha com metodologia validada pela Ernst & Young (EY),  uma das maiores empresas de auditoria do mundo, e é auditado pela PricewaterCoopers (PwC) do Brasil, além da homologação da Febraban, baseada em projetos certificados pela suíça Société Générale de Surveillance (SGS).

Hospedada na rede Polygon (MATIC), a Greener negociará inicialmente com os grandes players do mercado por meio me um esquema de pré-venda, em grandes lotes, direcionados a indústrias e intermediários do atacado. A expectativa da empresa é que a liberação para o público do mercado secundário aconteça em 2023, quando o criptoativo também deve chegar à B3. A operação é comandada por Gustavo Ene, que esteve à frente da Secretaria de Infraestrutura do Ministério da Economia até fevereiro deste ano. 

O lançamento da plataforma acontece dias após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) anunciar o lançamento de um edital que prevê a compra de até R$ 100 milhões em tokens de créditos de carbono, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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