Brasil: Exchanges são Arrastadas a Grande caso Anti-corrupção
Juiz brasileiro ordena que exchanges de criptomoedas entreguem dados sobre suspeitos ligados à grande operação anti-corrupção Lava Jato
Quanto pessoas supostamente envolvidas no hack do telefone celular do Ministro da Justiça do Brasil Sergio Moro usaram Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, noticiou o Cointelegraph Brasil em reportagem do dia 25 de Julho.
No dia 23 de Julho, a Polícia Federal Federal do Brasil prendeu 4 pessoas que supostamente hackearam o telefone de Sergio Moro quando ele ainda atuava como Juiz na Operação Lava Jato que envolveu o ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
A Operação Lava jato é uma enorme investigação criminal sobre lavagem de dinheiro iniciada por Moro, que envolve alegações de corrupção na estatal petrolífera do Brasil, a Petrobrás.
Partidos políticos posteriormente se viram implicados em um escândalo de corrupção tendo sido acusados de pagar propinas a políticos, inclusive ao ex Presidente Lula. Lula perdeu todas as suas apelações contra a condenação e em Janeiro de 2018 foi sentenciado à prisão.
Juiz solicita dados de grandes exchanges
Uma das pessoas presa, Gustavo Santos, disse à Polícia Federal que outro suspeito, Walter Delgatti, disse que ele intencionava vender as mensagens hackeadas ao Partido dos Trabalhadores. Depois de descobrir que Gustavo usava Bitcoin, o juiz Vallisney de Souza da décima Vara do Distrito Federal requisitou informações das maiores exchanges de criptomoedas do país.
Vallisney ordenou que três exchanges brasileiras — Foxbit, Braziliex and Mercado Bitcoin — revelem qualquer posse de Bitcoin relacionado aos suspeitos desde Janeiro de 2018. O advogado de Gustavo afirmou que as origens dos recursos financeiros de seu cliente vinham de seu trabalho como DJ e como negociente de Bitcoin.
Vallisney também ordenou que o Banco Central fosse oficiado para oferecer relatórios relativos à “pesquisa no Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) com o intuito de comunicar exclusivamente às instituições financeiras com as quais os investigados têm ou tiveram relacionamentos no período do afastamento do sigilo bancário, acelerando, assim, a obtenção dos dados junto a tais entidades”.
Mais cedo nesse ano, um departamente da Receita Federal do Brasil lançou novas regras pedindo que exchanges de criptomoedas reportem os dados das transações dos usuários a fim de evitar fraudes fiscais.