Brasileiro está ‘destruindo o Bitcoin’ e ajudou a construir o computador quântico do Google

O mineiro Fernando Brandão é um dos pesquisadores que ajudou a construir o computador quântico do Google que poderia ‘destruir’ o bitcoin e as criptomoedas

O ciêntista brasileiro Fernando Brandão, especialista em entrelaçamento quântico, ajudou o Google a construir o computador quântico da empresa que, ‘ameaça ‘ destruir a criptografia presente nas principais criptomoedas do mercado como Bitcoin e Ethereum, conforme revelou reportagem do portal UOL, publicada em 27 de outubro.

Brandão, é um dos 76 ciêntistas que integram o projeto da gigante mundial. Mestrado pela UFMG e doutorado no Imperial College de Londres o mineiro, antes do Google, também já trabalhou com arquitetura quântica na Microsoft. O ciêncita explicou como seus trabalhos ajudaram a a construir o Sycamore, chip quântico de 53 qubits que conseguiu em 200 segundos adivinhar a composição do mecanismo por trás de um gerador aleatório de números, uma tarefa que o supercomputador Summit, da IBM, levaria 10 mil anos para concluir.

Segundo ele sua principal contribuição foi na aplicação do entrelaçamento quântico no qual uma particula subatôminca esta de tal forma ligada a outra que, mesmo separadas por distância enormes, seu estado não pode ser descrito individualmente.

“Só a superposição não explica porque computadores quânticos são melhores que computadores normais para resolverem alguns problemas (…) O emaranhamento é um requisito fundamental para a supremacia quântica. Preparar estados altamente emaranhados de 53 qubits foi uma parte crucial. Se, durante a computação quântica, não for gerada uma grande quantidade de emaranhamento, temos métodos eficientes para simular a computação quântica em computadores convencionais”, destacou

No entanto, apesar da conquista, Brandão destaca que tudo ainda não passa de uma ‘prova de conceito’ e que a grande ‘supremacia’ do Google foi em demostrar, pela primeira vez, que computadores quânticos podem superar seus pares tradicionais.

“Um primeiro desafio é atingir a supremacia quântica para um problema de interesse prático. Todas as futuras aplicações de um computador quântico, seja em ciência de materiais, otimização e criptografia, parecem precisar de um computador quântico com correção de erro”, explica Brandão destacando que atualmente, a cada mil interações entre dois qubits, ocorrem seis erros — toda vez que isso ocorre, o processo tem de ser refeito.

Atentos a estes desenvolvimentos, como noticiou o Cointelegraph, desenvolvedores do Bitcoin e do Ethereum já buscam ativar mecanismos para impedir que a computação quântica venha a prejudicar o desenvolvimento dos criptoativos.

No Bitcoin, Pieter Wuille, destaca que o  núcleo do Bitcoin Core já vem estudando mudanças na assinatura do Bitcoin para implementar um esquema de assinatura de segurança PQC. O mesmo ocorre no caso do Ethereum que segundo Justin Ðrake já teria investido US$ 5 milhões em pesquisas para ‘adaptar’ a criptomoeda para um futuro quântico.

Como noticiou o Cointelegraph, segundo pesquisadores, a aplicação da tecnologia de computação quântica do Google poderia ajudar a aprimorar a tecnologia base das criptomoedas de prova de participação (Proof-of-Stake – PoS).

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