Blockchain leva transparência aos mercados de urânio

O principal produtor de urânio Uranium One e a startup Insol, da DLT, se uniram para explorar os recursos da blockchain no comércio de urânio e energia.

O principal produtor de urânio, Uranium One, e a Insolar, startup de tecnologia de contabilidade distribuída (DLT), se uniram para explorar os recursos da blockchain no comércio de urânio e energia.

A parceria se concentrará na melhoria da produção e distribuição de urânio, pois ainda são realizados acordos com várias partes do setor “usando papel e lápis com contratos não padronizados que atravessam fronteiras e exigem uma revisão legal tediosa”.

Tanto o Uranium One quanto a Insolar acreditam que a integração da blockchain nos processos internos dos produtores de urânio poderia tornar as cadeias de suprimento de urânio mais transparentes. O Urranium One espera que o blockchain aprimore a segurança, conformidade e confiabilidade no setor.

A Insolar disse à Cointelegraph que as partes discutiram um programa piloto para o projeto e esperam lançá-lo ainda este ano, embora possa levar mais de um ano para o lançamento completo do projeto.

Trazendo blockchain aos mercados OTC

Além disso, a Insolar vai pesquisar mais aplicações de blockchain em mercados de commodities não negociados em bolsa, como minério de ferro. A empresa projeta que sua plataforma baseada em DLT poderia reduzir o ciclo de operações de balcão (OTC) de meses para semanas e reduzir os custos de transação em 40%, ou bilhões de dólares por ano.

O volume global de negociação no mercado de balcão é ostensivamente superior a US $ 380 bilhões por ano, e a Insolar estima que até 3% desse valor esteja sendo gasto atualmente em despesas gerais e outros custos relacionados a transações. Elaborando mais sobre o assunto, Insolar disse:

“No comércio de commodities de balcão, como o urânio, os contratos e o processo de negociação são extremamente complexos, envolvendo pelo menos 6 partes (a mineradora, o conversor, o cliente de geração de energia e seus respectivos bancos). Isso significa recursos consideráveis para negociar e assinar contratos; A Insolar estima que poderia custar até US $ 50.000 por negócio. ”

Ao implementar a blockchain nos mercados de commodities OTC, a Insolar visa resolver dois grandes problemas que o setor enfrenta. A primeira é que as transações são lentas e caras e envolvem vários participantes, o que ostensivamente leva a comunicação dispersa e reconciliações múltiplas entre as partes envolvidas.

O segundo problema está na falta de um mecanismo transparente de preços, já que a maioria dos preços é citada por agências de terceiros. “Não há garantia na precisão e integridade dos dados de entrada; na verdade, é uma caixa preta na maioria dos mercados. O setor precisa muito de um sistema capaz de coletar dados de transações de todos os participantes e fornecer preços spot e previstos sem expor os detalhes de transações individuais ”, explicou Insolar.

A Insolar destacou a necessidade de as partes terem um sistema descentralizado no qual nenhuma parte exerce controle, acrescentando:

“No sistema proposto, as partes interagem dentro da plataforma para realizar transações de forma segura e integrada. Os dados das negociações são usados para definir um preço de mercado à vista transparente e previsões confiáveis, sem revelar os valores e somas exatas de transações específicas. Contratos inteligentes são aplicados aos dados no livro distribuído, melhorando a automação do processo de assinatura de acordos e garantindo que o acordo siga o processo pré-acordado. ”

Blockchain encontra tração em cadeias de produção de minério

Outros participantes do setor também exploraram as capacidades da blockchain para cortar terceiros e economizar tempo e dinheiro em negócios no setor de comércio de minerais. Uma parceria recente entre a IBM e a empresa de blockchain focada no setor de metais e mineração MineHub Technologies desenvolverá uma solução baseada em blockchain para otimizar o gerenciamento da cadeia de suprimentos no setor de mineração e metais.

Ao digitalizar a cadeia de suprimentos através da criação de um livro compartilhado entre participantes autorizados, ambas as empresas podem garantir uma visão agregada e em tempo real das transações e do fluxo de dados em toda a cadeia de suprimentos.

A plataforma de negociação digital baseada em blockchain da Tradewind Markets também lançou uma ferramenta digital que fornece proveniência da cadeia de suprimentos para compradores e vendedores de metais preciosos em novembro passado.