‘Popularização da blockchain será um motor de avanço para muitas economias como o Brasil’, diz fundadora do Abakus Group
Operadora da Novadax no Brasil também disse que considera a tecnologia blockchain uma “revolução em múltiplas frentes”.
A executiva Beibei Liu, fundadora da fintech chinesa Abakus Group, um dos unicórnios do gigante asiátivo, e operadora da Novadax no Brasil, disse em entrevista ao blog Tilt, do UOL, que a popularização da tecnologia blockchain vai facilitar o crédito entre países e impulsionar muitas economias, incluindo o Brasil.
O Abakus Group é avaliado em US$ 1,5 bilhão e já esteve no Brasil com o serviço WeCash que usa big data para traçar perfis de tomadores de crédito. Segundo Beibei, as novas tecnologias devem impactar profundamente o setor de crédito no mundo:
“Quando você usa ferramentas de inteligência artificial, deixa as máquinas fazerem projeções preditivas sobre o comportamento dos usuários. Você tem um cenário em que seu nível de informação para dizer “posso emprestar” ou “não posso emprestar” é mais elevado. No final, é possível emprestar mais, cobrar menos juros e gerar menos riscos sistêmicos, evitando operações que terminariam em inadimplência.”
Ela também diz que considera a tecnologia blockchain uma “revolução em múltiplas frentes” e que pode conectar países para facilitar transações internacionais:
“Hoje é muito complexo e caro você conectar uma pessoa com capital para emprestar em um país como a China e um tomador em um país como o Brasil, por exemplo. Com blockchain, transações internacionais se tornam muito mais baratas, seguras e rápidas. Esta tecnologia elimina uma porção de checagens burocráticas que são custosas e ineficientes. Na prática, a popularização do blockchain permitirá maior acesso de mercados com baixa oferta de crédito a capital internacional. Será um motor de avanço para muitas economias, como o Brasil.”
Sobre a atuação da Abakus no Brasil, através da exchange Novadax, ela diz que o grupo deve investir US$ 3 milhões para expandir a base de clientes no país, hoje na base de 100 mil usuários. Segundo ela, o objetivo é dobrar o número de clientes até o fim de 2020.
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Ela diz também que espera que no futuro breve as criptomoedas devem fazer parte do dia a dia da população, e que este é um “caminho sem volta”:
“É natural que inovações e formas disruptivas de fazer qualquer atividade, como investir, gere alguma insegurança no começo. Até mesmo a regulação destes setores ainda precisa amadurecer no mundo. No entanto, este é um caminho sem volta e as criptomoedas farão parte de nosso dia a dia e certamente serão uma das opções na cesta de investimentos dos poupadores brasileiros e chineses.”
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