Bitfury vai lançar rede de mineração de bitcoin no Paraguai com apoio do governo
A empresa de tecnologia blockchain ‘Bitfury Group’ e a plataforma de pesquisa e desenvolvimento ‘Common Foundation’ firmaram uma parceria e anunciaram o lançando de uma rede de mineração de bitcoin no Paraguai.
De acordo com um comunicado na última quinta-feira (31), a Bitfury disse que uma série de centros de mineração será montada no país sul-americano usando seus dispositivos BlockBox AC e toda a rede será alimentada por duas grandes usinas hidrelétricas, Itaipu e Yacyretá.
A viabilidade ocorreu devido ao apoio do governo do Paraguai ao projeto Golden Goose, da Commons Foundation, que ofereceu incentivos para que se estabelece na região o maior centro de mineração de criptomoedas do mundo, dada a ampla oferta de eletricidade barata e limpa do país.
Segundo a Bitfury, atualmente o Paraguai utiliza apenas metade da eletricidade produzida pelas duas usinas.
“O Paraguai está explorando formas criativas de usar tecnologias emergentes, como blockchain e criptomoedas, para beneficiar sua economia e seus cidadãos”, disse Sandra Otazú Vera, assessora de imprensa da Commons Foundation.
Além do projeto de mineração, a nova parceira da Bitfury também está planejando lançar uma exchange de criptomoedas no país ainda este ano.
O plano é integrar ao projeto a plataforma de análise de blockchain Crystal, resultado do desenvolvimento da equipe de software do Bitfury Group.
IPO Bitfury
A Bitfury também está considerando uma oferta pública inicial (IPO) em Amsterdã, Londres ou Hong Kong, possivelmente a ser realizada no início deste ano, segundo o Coindesk.
Em novembro de 2018, a empresa arrecadou US$ 80 milhões em fundos liderados pela empresa de capital de risco Korelya Capital.
A ação também contou com o banco de criptomoedas Galaxy Digital LP, do bilionário americano Mike Novogratz, e com a Macquarie Capital e a Dentsu Inc., empresas com sedes na Austrália e no Japão, respectivamente.
Mineração de bitcoin em baixa
O anúncio chega num momento em que várias empresas de mineração têm diminuído seu efetivo, como a Bitmain, por exemplo.
Mesmo sendo a maior empresa de mineração de bitcoin do mundo, a Bitmain tem fechado escritórios e encerrado projetos de novas instalações por conta do atual momento.
Recentemente a empresa demitiu funcionários e até fechou o que seria a maior mineradora do mundo nos Estados Unidos.
Outra mineradora, a Giga Watt, também virou notícia nos últimos dias quando encerrou suas atividades mesmo depois do pedido de concordata em um tribunal de Washington em novembro do ano passado.
Na ocasião, a empresa havia declarado falência, mas tentou dar continuidade nas atividades, porém, sem sucesso.
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