‘Baleias’ de Bitcoin intensificam acumulação depois de queda de preço abaixo de US$ 9.500
A busca por maximização dos lucros servir de combustível para elevar o preço do Bitcoin no curto prazo.
Dados históricos mostram que baleias estão negociando Bitcoin a curto prazo para extrair lucros máximos em operações short.
De acordo com um estudo da IntoTheBlock, uma recuperação provisória de preços pode estar em andamento, mas há um alerta sobre uma tendência de baixa mais ampla pela frente.
Desde que o Bitcoin quebrou a resistência da faixa dos US$ 8.500, logo em seguida alcançando US$ 9.500 em 20 de maio, os hodlers aumentaram modestamente.
O portal de análise de criptomoedas Santiment também divulgou dados que evidenciaram um aumento na acumulação de bitcoin em carteiras com mais de 100 BTC. Os agregadores de dados observaram que as “baleias” adicionaram outros 12.000 BTC às suas carteiras, o que equivale a cerca de US$ 108 milhões nas taxas de câmbio.
Se o número de BTCs mantidos na carteira de uma baleia estiver aumentando, isso geralmente resulta em uma tendência de alta em um estágio posterior. Mas se a quantidade cair, isso pode indicar um mercado em baixa.
Contudo, de acordo com os dados da IntoTheBlock, há uma baleia de posse US$ 2.42 bilhões em Bitcoins, o que representa 1.39% de todo o fornecimento da moeda.
Imagem: IntoTheBlock
De acordo com os gráficos acima, observa-se que 42 outros investidores concentram em suas carteiras 9.50% de todo o volume circulante de Bitcoins. O que deixa evidente que ainda estamos falando de um mercado extremamente concentrado e manipulável.
O comportamento ficou visível após a “Quinta-feira Negra” – o evento de 12 de março que testemunhou o preço do Bitcoin cair de US$ 7.969 para US$ 4.346. À medida que o preço finalmente se estabeleceu em uma baixa anual próxima a US$ 3.800, o movimento negativo significativo serviu para as baleias comprarem bitcoin a taxas mais baratas. Como resultado dessa liquidação, US$ 500 milhões foram estocados nesse evento.
A onda seguiu uma tendência sistemática e cuidadosa à medida que o preço do Bitcoin se recuperava mais. Isso mostrou que as baleias com mais de 100 BTC vendiam uma parte do seu estoque sempre que o preço atingia um nível ideal.
Os saldos começaram a subir ao lado do preço antes do halving do Bitcoin em 11 de maio. Eles caíram mais uma vez depois que o preço testou US$ 10 mil como resistência, mas não conseguiu manter-se acima desse nível. A partir desse evento, evidenciou-se o ânimo das baleias, esses grandes detentores recusaram-se a se expôr demais ao risco acima do referido nível.
Mas uma queda abaixo de US$ 9.500 desencadeou o sentimento de acumulação e assim vem acontecendo desde março.
Um pedido de compra de US$ 108 milhões não é grande o suficiente para mudar o sentimento de baixa do Bitcoin. Mas mostra que as baleias estão correndo riscos calculados para maximizar seus lucros, especialmente em meio a uma piora da crise financeira global. De acordo com as análises feitas pela Santiment.
A busca por maximização dos lucros servir de combustível para elevar o preço do Bitcoin no curto prazo, mas carece de combustível para sustentar um rally mais prolongado, desde que a demanda por dinheiro permaneça mais alta. Enquanto isso, os mineradores que produzem e validam blocos de Bitcoin estão vendendo suas recompensas para grandes players, como a Grayscale, que acumula 150% de todo o Bitcoin minerado no mundo.
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