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Cotação do Bitcoin hoje 14/09/2022: Inflação faz BTC cair 10% e derruba o Ethereum pouco tempo antes da ativação do The Merge

por · 14 de setembro de 2022

Inflação derruba os touros novamente e o Bitcoin cai 10% e pode perder suporte de US$ 20 mil novamente

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin, está cotado na manhã desta quarta-feira, 14/09/202, em R$ 105.587,97. Conforme havia adiantado na análise de ontem o analista anônimo conhecido como Lowtaxbsc o que definiria o preço do BTC seria a divulgação dos dados da economia americana. Como eles foram ruins o Bitcoin despencou.

“Estamos em um momento de tensão macroeconômica e, neste momento, a tendência geral do movimento das criptomoedas será dado por este tipo de questão e não por mineradores ou baleias, estas entidades podem ainda influênciar o preço mas no caso atual somente para baixo e não para o alto”, destacou.

Ainda segundo ele há muitos atores no setor de criptoativos que estão segurando os touros do BTC como o ‘fantasma’ dos Bitcoin do MTGox, assim como a venda dos mineradores e por fim, a ativação do The Merge no Ethereum que será concluída e, após ela, os investidores vão ver que não haverá uma ‘revolução’ após a ativação.

“É o famoso compre o boato e venda a notícia. O BTC vai negociar lateralmente mas ainda em tendência de baixa. As oportunidades para os traders de curto prazo estão nas altcoins. Veja a Sweet que hoje está em alta de 20%”, finalizou.

Andre Franco, Head da área de Research do Mercado Bitcoin, também aponta que com a divulgação dos dados da inflação americana as expectativas, que eram positivas, foram contrariadas.

“Consequentemente o bitcoin caiu quase 10% e voltou a ser negociado próximo dos 20 mil dólares. O ether, devido à proximidade do Merge, caiu menos, cerca de 8%, e hoje está em alta de quase 2%. Nos dados on-chain houve um pequeno decréscimo de investidores de longo prazo de ontem para hoje, em resposta aos dados de inflação negativos”, disse.

Portanto, o preço do Bitcoin em 14 de setembro de 2022 é de R$ 105.587,97.

Bitcoin não vai subir

Andrey Nousi, fundador da Nousi Finance, destaca que com a Inflacao americana saindo muito acima do que o esperado, os mercados tomaram isso como um pessimo sinal. Indicando que as medidas adotas pelo FED atualmente não estão sendo suficientes para reduzir a inflação na velocidade que eles querem. Com isso as perspectivas de maiores apertos monetários se tornam realidade. 

“Na semana que vem teremos decisão do FED quanto aos juros. O mercado já dá pelo menos 3 aumentos (0.75%) como certo. E depois dos números de inflação ontem, há agora 38% de probabilidade de que esse aumento seja de 1% (maior ainda). Até anteontem esse número era 0%. Logo pegou todo mundo de surpresa e fez os mercados despencarem. A bolsa americana teve seu pior dia em quase 2 anos e o foi o 5o pior dia de sua história, caindo 4.3%”, disse.

Ele aponta que a situação ainda requer muita cautela por parte dos investidores, à medida que o humor no mercado virou ontem, freando a forte subida que o BTC vinha tendo nos últimos 7 dias, quando tinha subido quase 20%.

“Os olhos agora se viram para o Merge do Ethereum que pode acontecer a qualquer momento até amanhã, dia 15/09. Muito embora a perspectiva é muito positiva no longo prazo para o Ethereum e o mercado de cripto, se tivermos algum problema significativo no merge, pode piorar ainda mais o humor dos investidores”, finaliza.

Todos os olhos nos EUA

Segundo análises do gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, Tasso Lago, todos os olhos do mercado estão voltados para a economia americana.

“E por que cai desse jeito? Porque a inflação vir acima do esperado implica em continuidade do aumento de juros, nos EUA mais ainda. A inflação ainda não foi controlada, quando se sobe muito a inflação, os juros tendem a continuar subindo. Então os investidores preferem investimentos de baixo risco e estão pagando mais do que botar seu capital em ativos de riscos, como por exemplo, empresas de tecnologia. Então bolsas como a Nasdaq, ações de tecnologia, e consequentemente, as criptos caíram no dia de hoje”, pontua.

O especialista ressalta ainda que “naturalmente o cenário macro preocupa muito ainda. Até porque a Europa está numa crise absurda de energia, as contas aqui subiram 10x de preço. E o mercado de criptomoedas acaba sofrendo o reflexo da economia mundial”, finaliza Lago.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla. 

O Bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente). Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em “blocos”. 

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.

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