Cotação do Bitcoin hoje 14/11/2022: a semana começa com o Bitcoin em US$ 16 mil temendo novas quedas
Bitcoin terá dificuldades para recuperar seu valor em US$ 20 mil e analistas acreditam que é hora de reduzir alavancagem para esperar a ‘poeira baixar’
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotado na manhã desta segunda-feira, 14/11/202, em R$ 89.316,25. O colapso na FTX trouxe o Bitcoin para uma nova zona de negociação na faixa entre US$ 15.800 e US$ 17 mil, além de renovar o sentimento de baixa e trazer de volta o medo e a descrença sobre a seriedade do mercado.
O episódio da FTX foi um golpe muito mais duro que o da Terra (LUNA), hoje LUNC. No caso da segunda, apesar do estrago, era um desastre anunciado ‘já anunciado’, contudo, no caso da FTX a empresa tinha um amplo leque de conexões com reguladores dos EUA, com rumores dizendo que a SEC preparava um sandbox especial para incluir a empresa.
Isso sem contar as demais empresas do ecossistema (130 no total), patrocínios, lobbys e mais de US$ 50 bilhões em ativos. Tudo isso virou praticamente pó do dia para a noite. Novos desdobramentos do caso devem surgir ao longo da semana, que também pode trazer outras surpresas negativas em empresas como Gate.io, Crypto.com, Huobi e Poloniex.
Em tempos turbulentos como este, uma boa opção pode ser reduzir a alavancagem e aguardar até a poeira baixar. Dificilmente o BTC deve voltar a US$ 20 mil ao longo da semana.
“Após o colapso da FTX e sem a noção total dos estragos que isso causou ao mundo cripto, bitcoin encontrou uma nova resistência. Os 17k que poderiam ser um suporte, viraram resistência momentânea. O medo generalizado e o receio do investidor institucional com o mercado só aumentou e deve atrasar o crescimento de cripto nos próximos anos. Bitcoin começa o dia com leve alta de 3% e o Ethereum sobe 4%. Nos dados on chain vimos 9 mil bitcoins adicionados a métrica de investidores de longo prazo (LTH), mas ainda estamos 52 mil bitcoins do recorde anterior., afirma Andre Franco, Head da área de Research do Mercado Bitcoin.
Portanto, o preço do Bitcoin em 14 de novembro de 2022 é de R$ 89.316,25.
Fundamentos continuam firmes
Uma análise da bybit compartilhada com o Cointelegraph destacou que apesar dos problemas recentes, os fundamentos do mercado ainda permanecem os mesmo e que, mais uma vez, o Bitcoin superará a crise atual e caminhar para uma nova alta histórica.
“O mercado de criptomoedas é composto, em sua maioria, por empresas sérias e comprometidas com seus usuários, porém, assim como no mercado financeiro, sempre há aventureiros que acabam prejudicando o ecossistema. Isso já aconteceu diversas vezes no mercado de criptoativos e nelas todas o Bitcoin, depois da tempestade, saiu ainda mais fortalecido e caminhou para altas históricas. Desta vez não será diferente”, destacou.
Além disso, a empresa também destacou que não é possível determinar com clareza para onde vai o preço do Bitcoin até que os estragos da tempestade da FTX possa ser avaliados e a ‘reconstrução’ do mercado possa começar.
“Nossa recomendação para a semana é evitar posições alavancadas e reduzir o volume do trade até que a situação indicar uma estabilização, até lá o Bitcoin continua em tendência de baixa e uma queda para US$ 13 mil não está descartada”, afirmou.
A empresa também reforçou que a semana não foi apenas de notícias ruins, pois a corrida de saques nas exchanges também revelou haver liquidez nas empresas sérias e inclusive no USDT que perdeu brevemente o peg com a corrida para sacar o Tether, mas logo recuperou sua paridade e mostrou ser uma stablecoin robusta e pronta para enfrentar grandes crises estruturais.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente). Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em “blocos”.
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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