Cotação do Bitcoin hoje 11/11/2022: Bitcoin volta a US$ 17 mil com esperança de recuperação na FTX

Não se engane, alta do Bitcoin pode se apenas um alívio mas efeito cascata dos problemas da FTX podem ainda levar a criptomoeda para US$ 13 mil

A principal criptomoeda do mercado, Bitcoin (BTC), está cotado na manhã desta sexta-feira, 11/11/202, em R$ 92.313,87. Os efeitos da falta de liquidez na FTX ainda estão impactando o mercado de criptomoedas e a esperança de uma possível recuperação na empresa animou os investidores.

Depois que CZ, o fundador da Binance, recusou a oferta para comprar a FTX, Justin Sun, o fundador da Tron (TRX) e que recentemente comprou a Huobi (Sun também é dono da Poloniex), afirmou que irá ajudar a recuperar a FTX e, como parte de seu plano, primeiramente irá garantir os saques de todos os usuários com TRX, entre outras moedas da Tron.

Além disso a FTX retomou parcialmente alguns saques e Sam Bankman-Fried destacou que há vários planos para recuperar a empresa, sendo que o primeiro deles, é a retomada das retiradas dos usuários.

As informações acalmaram o mercado, mas, o contágio começa a aparecer e pode atrapalhar os planos da FTX. A Coinshares confirmou ao Cointelegraph ter perdido mais de US$ 50 milhões com os problemas na FTX. BlockFi também relata que sua operação está prejudicada devido à suspensão das retiradas na empresa. Fundos institucionais e fundos de pensão pelo mundo relataram desespero pois tem grandes posições na exchange.

Portanto ainda é cedo para falar em ‘alívio’ já que o mercado está literalmente sem forças e apenas reagindo a um resquício de esperança que, caso seja dissipada, levará o BTC e todo o mercado em mais uma queda de 10%.

“Nos próximos dias mais efeitos colaterais irão aparecer e o mercado pode sofrer ainda mais. Mesmo com o alívio de ontem dos dados de inflação que vieram abaixo do esperado, a alta do mercado cripto parece insustentável. Hoje o bitcoin começa em queda de 1,36% e o ether recua 1,8%. Nos dados on-chain vemos diminuição na posição dos investidores de longo prazo (LTH), isso fez com que voltássemos a patamares de uma semana atrás., afirma Andre Franco, Head da área de Research do Mercado Bitcoin.

Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de novembro de 2022 é de R$ 92.313,87.

US$ 13 mil pela frente

Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, afirma que após “esfriar a cabeça” depois de toda confusão causada pela FTX nessa semana, o mercado parece estar mostrando que a queda de quase 25% na capitalização total do mercado cripto foi apenas um susto e toda essa desvalorização já foi absorvida.

“Números da inflação norte-americana trouxeram uma visão otimista para o mercado financeiro, e o mercado cripto mudou seu humor acompanhando esse movimento. Continuo acreditando em uma alta para o fim do ano”, disse

No entanto, diferente de Pereira, a equipe de analistas do JP Morgan liderada por Nikolaos Panigirtzoglou previu que o preço do Bitcoin poderia cair para US$ 13.000 após o colapso do FTX . Os analistas argumentam que a crise de liquidez da FTX pode impulsionar uma “cascata de chamadas de margem”, e o Bitcoin pode chegar a US$ 13.000 até o final do ano.

Equipes de analistas de Wall Street estimam que o mercado de baixa de criptomoedas em andamento pode se intensificar nos próximos dias. O JP Morgan acredita que a crise de liquidez não é a questão mais desafiadora da saga FTX-Alameda. O que é preocupante é a escassez de organizações com capital ou liquidez suficiente para ajudar a FTX. 

O que torna essa nova fase de desalavancagem de criptomoedas induzida pelo aparente colapso da Alameda Research e da FTX mais problemática é que o número de entidades com balanços mais fortes capazes de resgatar aquelas com baixo capital e alta alavancagem está diminuindo.

“A taxa de financiamento para o mercado de derivativos é considerada um indicador de venda de pânico ou capitulação em Bitcoin. Um mecanismo de taxa de financiamento é implementado pelas bolsas para equilibrar as posições curtas e longas dos swaps perpétuos, incentivando ou desencorajando os comerciantes”, afirma Ekta Mourya.

Segundo ela, neste cenário, os traders pagam ou recebem taxas de financiamento dependendo das posições abertas. Quando a taxa de captação é positiva, os investidores em Long pagam os vendidos e vice-versa.

Dylan LeClair e Sam Rule, analistas da Bitcoin Magazine observam que a taxa de financiamento para o mercado de derivativos atingiu níveis historicamente baixos, um sinal inicial de capitulação ocorrendo e se formando à medida que os traders acumulam Bitcoin aproveitando a volatilidade recente.

“Embora os fatores macroeconômicos ainda estejam no comando de todas as classes de ativos, o posicionamento dos derivativos após o evento do cisne negro da crise FTX-Alameda é encorajador do ponto de vista do Bitcoin. O financiamento negativo sustentado pode resultar em um fundo macro, já que um evento de pânico herdado leva os preços dos futuros perpétuos muito abaixo do ponto. Portanto, mais queda pela frente”, afirmou

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla. 

O Bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente). Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em “blocos”. 

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão

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