Cotação do Bitcoin hoje 01/02/2023: touros se preparam para anúncio do FED mas ursos querem briga
Bitcoin aguarda dados do FED para definir movimento de preço e dados apontam que, indiferente do valor, ecossistema cripto não para de crescer
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quarta-feira, 01/02/203, em R$ 116.485,75. Hoje é o grande dia do anúncio da taxa de juros do FED e os touros estão prontos para elevar o preço do Bitcoin e tem segurado o valor da maior criptomoeda do mercado perto de US$ 23 mil.
No entanto os ursos não estão dispostos a serem abatidos sem uma boa briga e, desde as últimas 48 horas tem lutado para baixar o preço do Bitcoin e evitar que os touros rompam com a resistência de US$ 23.200 – US$ 23.500.
“Descobriremos hoje qual será o próximo aumento da taxa de juros imposta pelo Fed, porém dessa vez é diferente. Caso o aumento venha a ser de apenas 25bps, provavelmente veremos um ciclo final de trabalho do Fed no combate a inflação. A partir daí, resta apenas manter e fazer alguns ajustes finos. Mercado já vem precificando isso com a formação de fundo que vimos nas últimas semanas”, disse Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.
Portanto, o preço do Bitcoin em 01 de fevereiro de 2023 é de R$ 116.485,75.
Queda não freia crescimento
Uma análise do Coingecko apontou que o número de endereços BTC e ETH com pelo menos US$ 1.000 em crescendo constantemente, 27,5% e 28,1% ao longo do último ano. Isso indica que os investidores mantiveram ou acumularam suas criptomoedas ou, potencialmente, que mais participantes entraram no mercado à medida que a adoção das criptomoedas aumentou, ressaltando a tendência de que, independente do preço, o ecossistema cripto não parou de crescer, mesmo durante o duro bear market de 2022.
“Não há dúvidas de que o mercado cripto no início de 2023 está bem diferente do que vimos no começo de 2022,” comentou Tyler Roessel, Relações Públicas da Phemex. “Mas quando você se afasta das manchetes bombásticas, uma perspectiva mais diferenciada aparece, especialmente ao olhar regionalmente para a América Latina”.
América Latina
Roessel ressalta que os dados do final do ano mostram que o valor global total de cripto recebido na América Latina, entre julho de 2021 e junho de 2022, cresceu em 40%, isso sem mencionar que quatro países da região – Brasil, Argentina, Colômbia e Equador – ranquearam entre os que mais adotaram o ativo cripto, de acordo com o último estudo Chainalysis Global Adoption Index.
“O que é fascinante sobre a América Latina é que os altos e baixos de 2022 não pararam. Vemos uma tendência incrivelmente forte quanto à adoção de cripto em grande escala”, explica, citando diversos desenvolvimentos grandes durante o ano passado. “O Brasil, a maior economia da região, teve o lançamento da sua primeira stablecoin, a MBRL, e o seu Banco Central está desenvolvendo sua própria moeda digital para ser testada em em 2023 e lançamento em 2024, com o Banco Central colombiano também seguindo esse exemplo”.
Roessel e outros especialistas notaram como, ao invés de restringirem a mineração e negociação de cripto como em alguns países da Europa e na China, os governos norte-americanos procuram incorporar e regulamentar ativos digitais como um reconhecimento da sua utilidade em um continente responsável por algumas das maiores taxas de inflação e de juros do mundo.
“Na América Latina, existe o que chamamos de geração cripto, formada por traders que não são do estereótipo ‘quero ficar rico rápido’, sobre o qual os jornais gostam de escrever”, Roessel argumenta. “Ao invés disso, eles tendem a ser trabalhadores com grande conhecimento, com um número significativo de mulheres entre eles, em busca de cripto como parte de uma estratégia de investimento concebida para rebater os ventos adversos da inflação, altas taxas de juros e flutuações da moeda local”.
Contudo, especialistas como Roessel ainda estão aconselhando investidores cripto da América Latina a prestar atenção nas lições dadas por 2022. Ele compara os últimos doze meses a um ‘teste de estresse’ que os investidores deveriam incorporar ao pensar em suas estratégias para o ano seguinte.
Por exemplo, Roessel explica que o mercado cripto está atualmente mais em baixa do que em alta, e os traders deveriam aprender as diferenças de investir sob essas circunstâncias.
“Mercado em baixa é conhecido por produzir medo, incerteza e dúvida, mas um trader com bom conhecimento e cauteloso pode, ainda assim, conseguir ótimos retornos, desde que se mantenha calmo, leia sobre estratégias de investimentos no bear market como Dollar Cost Averaging, e foque no cenário a longo prazo”, comenta.
Roessel também sugere que os traders deveriam reavaliar a qualidade da plataforma de trading que utilizam, como parte de uma estratégia de longo prazo dentro do que ele chama de ‘crypto fundamentals’”.
“Assim como a análise de conceitos base é a ferramenta escolhida por muitos traders para jogarem a longo prazo com ativos mais tradicionais – especialmente no bear market – nós achamos que é de importância única a ação de analisar três áreas-chave ao investir em cripto, em 2023: as condições gerais macroeconômicas do mercado, os componentes de uma moeda ou token que você está negociando – seus mecanismos, o quanto existe em circulação, sua volatilidade – e, é claro, a taxa de câmbio sob a qual você está negociando”, ensina Tyler.
O que é Bitcoin?
O que é Bitcoin? O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente). Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em “blocos”.
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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