Bitcoin a US$50.000 após perspectiva de alta do Citigroup e Goldman Sachs
Manobras da MicroStrategy, Goldman Sachs e Citigroup são apenas alguns dos fatores que contribuíram para a recuperação do Bitcoin para US$50.000.
Em 1º de março, os investidores em criptomoedas acordaram com a visão do Bitcoin (BTC) subindo de sua correção de fim de semana para US$ 44.000, com o mercado encontrando seu impulso de alta e as altcoins se recuperando de seus mínimos oscilantes.
Dados do Cointelegraph Markets and TradingView mostram que o preço do Bitcoin aumentou 16,6% de sua baixa de US$43.504 em 28 de fevereiro para o nível de US$50.000 que o mercado altistas está tentando utilizar como suporte.
No início do dia, o CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, tuitou que a empresa havia comprado mais US$ 15 milhões em Bitcoin, elevando sua participação total para 90.859 BTC e demonstrando ainda que a demanda institucional pela criptomoeda principal continua a crescer à medida que as empresas compram cada baixa.
A análise dos principais indicadores de preço do BTC também mostra que os touros estavam ansiosos para comprar no reteste de US$43.000 que ocorreu no fim de semana.
Nem todo analista é otimista
A alta do Bitcoin acima de US$49.000 tem alguns clamando por novos recordes históricos em um futuro próximo, mas de acordo com o analista veterano Peter Brandt, nada é certo quando se trata do mercado de criptomoedas.
Goldman Sachs anunciou em 1o de março que iria reiniciar sua mesa de negociação de criptomoedas e Brandt foi rápido em tuitar o gráfico a seguir e apontar que seu lançamento não funcionou tão bem para o mercado de criptomoedas em dezembro de 2017.
De acordo com David Lifchitz, diretor de investimentos da ExoAlpha, ainda é “muito cedo para dizer” se a retração do Bitcoin acabou, mas US$44.500 parecem ter fornecido um forte suporte.
Em termos de saber se a criptomoeda mais alta poderia atingir novas máximas em março, Lifchitz disse que não sabe exatamente o que pode acontecer, já que março é historicamente um mês de negociação de baixa para o BTC.
De acordo com Lifchitz, a temporada de impostos nos EUA pode colocar pressões de baixa no mercado, já que os investidores podem precisar “vender algumas de suas participações para pagar por ganhos de capital realizados anteriormente”.
De uma perspectiva de alta, a correção de 20% durante a segunda quinzena de fevereiro pode ter sinalizado um “início precoce” para a usual fraqueza de março, com o pior da desaceleração já ocorrendo.
Lifchitz disse:
“Apesar da retração de 20%, ainda estamos em uma tendência de alta desde o rompimento de US$10 mil em outubro. A grande incógnita é o que os mineradores farão, já que são vendedores líquidos. Eles são o risco real de curto prazo.”
A análise da métrica de Lucro e Perda Não Realizados Líquidos (NUPL) da Glassnode mostra que, embora ambas as correções de 20% experimentadas durante este ciclo tenham criado a ação de preço “lateralizado e instável” vista durante os mercados em alta, os compradores entraram em ação mais cedo do que antes. Ciclos de alta anteriores e menos detentores de longo prazo estão dispostos a vender seu BTC.
Rendimentos constantes ajudam a estabilizar os mercados tradicionais
Os mercados financeiros tradicionais também se recuperaram na segunda-feira, conforme os rendimentos do Tesouro se estabilizaram e o otimismo relacionado ao lançamento da vacina COVID-19 impulsionou o sentimento dos investidores sobre o futuro da economia global.
O S&P 500, o Dow e o NASDAQ fecharam o dia no azul, com alta de 2,38%, 1,95% e 3,01% respectivamente. O forte desempenho de cada índice ocorreu à medida que os bancos centrais globais continuam a reafirmar compromissos com políticas acomodatícias que apoiarão a recuperação econômica global.
As Altcoins também recuperaram suas perdas recentes quando o preço do Bitcoin atingiu US$50.000.
Binance Coin (BNB) teve o melhor desempenho no top 10, aumentando 21% para US$248, enquanto Ethereum (ETH) viu seu preço subir 9,46% para US$1.525. PancakeSwap (CAKE) e Fantom (FTM) aumentaram o preço 36% e atualmente são negociados por US$12,30 e US$0,558, respectivamente.
A capitalização geral do mercado de criptomoedas agora é de US$1,52 trilhão e a taxa de dominância do Bitcoin é de 61%.
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