‘Bitcoin não é mais uma opção interessante para os criminosos’, diz CEO da CoinCorner
Danny Scott, CEO da CoinCorner, exchange de BTC baseada na Ilha de Man, disse que o Bitcoin não é mais uma opção para os criminosos.
Gary Davis foi condenado a 6,5 anos de prisão por ajudar na administração do agora extinto mercado da darknet Silk Road.
O irlandês de 31 anos, que foi extraditado para os Estados Unidos, trabalhou como moderador do fórum da Silk Road entre maio e junho de 2013, antes de atuar como administrador entre junho e 2 de outubro de 2013, segundo uma publicação da estação de rádio independente irlandesa Newstalk, de 26 de julho.
De acordo com autoridades dos EUA, a Silk Road operou mais de 1,5 milhão de transações avaliadas em mais de US$ 213 milhões entre janeiro de 2011 e outubro de 2013, observa o relatório. Recentemente, a Cointelegraph informou sobre a prisão de um comerciante da Silk Road que supostamente usava criptomoeda para lavar mais de US$ 19 milhões de lucros da venda de drogas ilegais no Silk Road.
Criminosos não consideram mais o Bitcoin como uma boa opção
De acordo com as notícias, Danny Scott, CEO CoinCorner, exchange de Bitcoin (BTC) baseada na Ilha de Man, disse que a sentença de Davis mostra que o uso de Bitcoin por criminosos está ficando no passado.
Em um nota enviada ao Cointelegraph, Scott disse que Bitcoin “não é mais uma opção interessante para os criminosos”, citando as investigações anteriores relacionadas ao Bitcoin pela CoinCorner, juntamente com unidades britânicas, que indicaram declínio na atividade criminosa com uso de Bitcoin.
Ele também citou as descobertas da Chainalysis, empresa de inteligência blockchain dos EUA, que anunciou no início deste ano, as transações ilícitas representaram menos de 1% de toda a atividade do Bitcoin em 2018, contra 7% em 2012.
No comunicado, o CEO da CoinCorner diz que considera o anonimato do Bitcoin um mito, argumentando que o Bitcoin é na verdade pseudônimo, o que significa que todas as transações estarão registradas na blockchain para sempre. Por isso, o Bitcoin seria uma “má escolha de moeda para os criminosos”, concluiu Scott.
Em 1 de julho, a Bloomberg repercutiu outra pesquisa da Chainanalysiso que sugeriu que o montante de Bitcoin gasto em transações ilegais neste ano poderia atingir recorde de US$ 1 bilhão, apesar da diminuição da participação de atividades criminosas. Segundo o relatório, o valor total do Bitcoin gasto em atividades ilícitas a partir de julho é estimado em US$ 515 milhões.