Bitcoin apanha do Fed e da capitulação, mas gráfico mostra reação se aproximando: ‘Ninguém escapa da marretada’

Baixa liquidez da macroeconomia, ata do BC dos EUA e as consequências da FTX pressionaram baixa de preços no mercado cripto, mas há um sinal piscando depois da tormenta.

Uma composição de fatores internos e externos se refletia em baixa liquidez no mercado de criptomoedas, que movimentava US$ 797 bilhões (-4,13%) na manhã desta segunda-feira (21), quando o Bitcoin (BTC) era negociado por volta de US$ 16 mil (-3,4%) e respondia por 38,8% de dominância de mercado. Mas, para alguns, o momento pode ser ideal para entradas, já que um gráfico histórico reprisou nos últimos dias o comportamento dos investidores antes de ralis.

As principais altcoins por capitalização de mercado, com exceção das stablecoins, também recuavam. O ETH estava precificado em US$ 1.125 (-5,4%), o BNB respondia por US$ 258 (-4,2%), o XRP estava avaliado em US$ 0,35 (-7,6%), o DOGE valia US$ 0,075 (-9,1%), o MATIC respondia por US$ 0,80 (-6,4%), e o SOL representava US$ 11,81 (-7,1%).

Entre as altas, o XEM era transacionado por US$ 0,034 (+5,7%), o VGX era trocado de mãos por US$ 0,40 (+8,5%), o SRM estava cotado em US$ 0,27 (+22,7%), o TRR respondia por US$ 2,44 (+6,4%) e o VERI era negociado por US$ 61,90 (+5,3%).    

Em relação aos episódios internos, o que se apresentava como mais uma sangria no mercado cripto aconteceu pela suspensão de todas as operações na plataforma da Liquid, subsidiária da exchange de criptomoedas falida FTX, informação que foi confirmada no Twitter no último final de semana.

A Liquid, que não foi caso isolado, reforçou o medo de novas consequências negativas do crash provocado pela FTX. O que favoreceu o envio de criptomedas para fora das exchanges centralizadas nos últimos dias, em direção a carteiras de autocustódia. 

No último sábado (20) o analista Mateus Hyland já observava que a redução de volume de Bitcoin pressionava os preços e que “algo precisava ceder.” A considerar a luta entre touros e ursos indefinida, o estrategista voltou ao Twitter nas últimas horas para sugerir dois possíveis algos, um deles em US$ 14,2 mil e outro em US$ 19,4 mil.

Já o analista de pseudônimo Capo, que há poucos dias fez uma “previsão do fim do mundo” por meio de um futuro sombrio para o Bitcoin, sugeriu que os investidores podem ter começado a “jogar a toalha” ao venderem com perdas e acrescentando que “a capitulação acabou de começar. Esta semana será decisiva. Estou 100% fora do mercado.” 

Capo também escreveu na última semana que “ninguém escapa do dia da marretada”, possivelmente também prevendo a aproximação da última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, evento relacionado aos fatores externos que pressionaram as criptomoedas. 

A última reunião anual do Fed deverá ser antecedida de alguns sinais esta semana com a divulgação da ata da reunião do começo de novembro, o que deve indicar ao mercado se a instituição financeira vai continuar ou não apertando os juros para conter a inflação. Temor que ajudou a enxugar a liquidez do mercado junto com novos surtos de Covid 19 e o fechamento de Wall Street na quinta (24) em razão do Dia de Ação de Graças nos EUA. 

A plataforma de análise on-chain Santiment, no entanto, observou que o “medo da multidão” atingiu alto índices no final da última semana nas redes sociais, o que historicamente representou um viés de alta. 

Na semana passada, enquanto os ursos espreitavam o Bitcoin, uma parceria entre a SSV Network e a Moonstake favorecia a alta de um token, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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