Bitcoin a US$ 100 mil? O que exchanges brasileiras projetam para após o halving
O preço do Bitcoin oscila prestes a ocorrer o halving. No último fim de semana, o valor do ativo chegou a cair cerca de 15%. Mas, nesta segunda-feira (11), volta a operar em alta sob a expectativa do que ocorrerá após o corte da recompensa pela metade, provavelmente, durante a noite. Independentemente do que acontece agora, porém, as exchanges brasileiras já projetam o que ocorrerá depois do grande evento do BTC.
Por enquanto, a alta volatilidade é esperada. Depois de bater R$ 57 mil às 19h de sexta-feira (7), o Bitcoin começou a cair fortemente. Mesmo sem a variação do dólar que vem ditando a cotação nos últimos dias, a criptomoeda chegou a R$ 47.800 em média no domingo (10). Na manhã de segunda, o preço volta a recuperar e varia entre R$ 51 e R$ 53 mil.
José Ribeiro, CEO da Coinext, tem boas expectativas para o halving. Segundo o executivo, o criptoativo deve se valorizar, mesmo que em patamar menor do que nos outros cortes.
No entanto, projeções otimistas na casa dos US$ 100 mil, como estimado pelo modelo Stock-to-Flow defendido pelo CEO da Coinbase e citado pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), parecem longe do real.
Ganho no longo prazo
Para o CEO da Transfero Swiss, Thiago Cesar, o Bitcoin não deve encarecer logo na sequência do halving. Ao BeInCrypto, ele chegou a dizer que que é possível esperar “o Bitcoin num patamar acima dos U$ 15 mil, U$ 16 mil” até o final do ano. Ao Infomoney, ele também aponta que é preciso também monitorar os mineradores.
Mineradores e empresas que trabalham com Bitcoin acabam tendo que reajustar sua estrutura de custo, e o preço acaba acompanhando porque a demanda vai continuar a mesma, e até aumentar.
A ideia de Daniel Coquieri, COO da BitcoinTrade, é similar. A corretora vê novo dinheiro entrando no mercado e até recorde de ordens de compra. No entanto, ele é outro que aposta em um movimento positivo mais no longo prazo.
Eu não acredito que o halving vá fazer com que [o preço] dispare um dia, dois dias, uma semana depois. Não vai dobrar em curto prazo, não é que eu acredito. A médio e longo prazos eu acho que o halving vai ter o efeito esperado, que é o choque na oferta, e isso vai ser sentido ao passar dos meses.
Dólar e o halving
O preço do Bitcoin no Brasil tem tudo para se descolar dos valores internacionais da criptomoeda. Por conta da alta do dólar o BTC vinha crescendo em um ritmo mais acelerado do que lá fora. A moeda americana passou dos R$ 5,80, mas voltou para a casa dos R$ 5,70. Nesta segunda-feira (11), voltou a subir.
A expectativa é que a cotação siga aumentando, especialmente se o Banco Central soltar as rédeas. Se isso ocorrer, o CEO da Foxbit, João Canhada, acredita que o Bitcoin tende a disparar na direção inversa da desvalorização do real.
Estávamos otimistas com o preço em dólar [do Bitcoin], esperando um novo recorde de valor em 2021, mas dado os patamares atuais da moeda americana no Brasil, é provável que o Bitcoin supere o preço histórico de 2017 muito mais rápido em nosso país do que no restante do mundo.
Fator coronavírus
A crise do coronavírus também tem influência sobre a resposta do mercado ao halving. Embora o Bitcoin tenha voltado a crescer e batido os US$ 10 mil na última semana, as projeções foram reajustadas com a situação de pandemia e o colapso das economias no mundo.
Ao BeInCrypto, Fabrício Tota, Diretor da Mercado Bitcoin, contou que o halving é uma vantagem, mas a conjuntura também importa.
No começo do ano, a previsão era de que o Bitcoin poderia bater os R$ 60.000,00. Porém, a crise veio e o cenário mudou um pouco. O Halving impacta positivamente, mas depende de outros fatores para o conjunto. Em relação ao preço, a crise é positiva no médio e longo prazo.
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