Parceira da Binance no Brasil recebe autorização para se tornar instituição de pagamento
Parceira da Binance no Brasil, a Latam Gateway recebeu uma licença para operar como instituição de pagamento e emissora de dinheiro eletrônico no país
A Latam Gateway, provedora de pagamentos da Binance no Brasil, recebeu uma licença do Banco Central para operar como instituição de pagamento e emissora de dinheiro eletrônico em 19 de maio, relatou o UOL.
O Brasil está entre os principais mercados globais da Binance, disse a exchange em um anúncio anterior.
A Latam Gateway ajuda empresas estrangeiras a operar no Brasil, fornecendo rampas de entrada e saída com o real brasileiro. De acordo com o site da empresa, a Binance é o único cliente cripto do país. Outros clientes relevantes incluem empresas relacionadas a jogos, como Codashop, Moedaz e Game Hollywood.
A Binance e a Latam Gateway são parceiras desde junho de 2022, após o término da colaboração da Binance com a Capitual.
Um mercado com quase 214 milhões de pessoas atraiu empresas de criptomoedas para o Brasil. Em janeiro, a Binance e a Mastercard se uniram para lançar no país um cartão pré-pago recarregado com criptomoedas, permitindo que brasileiros fizessem compras e pagassem contas com mais de 14 criptoativos por meio de conversão cripto-fiat em tempo real. Os titulares de cartão são obrigados a cumprir os padrões ‘Conheça seu Cliente’ (KYC, na sigla em inglês).
A Coinbase também está expandindo suas operações para o Brasil. Desde março, a exchange firmou parceria com provedores de pagamento locais para oferecer compras de criptomoedas, além de permitir depósitos e saques em real. A Coinbase está no país desde 2021, quando estabeleceu um hub de tecnologia para oferecer serviços com ativos digitais aos brasileiros.
As autoridades reguladoras do Brasil também estão prestando atenção às empresas de criptomoedas. A Binance está sendo investigada por supostamente ajudar os clientes a evitar um stop order referente a investimentos em derivativos de criptomoedas.
Em 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu uma stop order direcionada à Binance e sua oferta de derivativos no Brasil. Os contratos de futuros são considerados valores mobiliários, de acordo com a legislação local, independentemente da natureza dos ativos subjacentes.
De acordo com documentos da investigação local, a plataforma da Binance exibia instruções para os usuários brasileiros alterarem suas configurações de idioma para acessar a seção Futuros da Binance. Além disso, a CVM disse que havia um extenso conteúdo em português disponível sem um aviso de restrição para usuários brasileiros. Os reguladores de valores mobiliários canadenses e americanos conduziram investigações semelhantes contra a exchange.
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