‘Maior do que o petróleo’: mercado cripto vai crescer 30.000% e um segmento vai explodir, diz analista

Raoul Pal prevê crescimento sem precedentes a partir do envolvimento de grandes players com o ecossistema cripto.

Na manhã desta quinta-feira (27), o mercado de criptomoedas voltou a alcançar US$ 1 trilhão em volume. Apesar da alta, o montante representava apenas 27% dos US$ 3,7 trilhões alcançados no início de novembro do ano passado, por exemplo. O que, em um primeiro momento, pode retratar como absurda a ideia de que o setor alcance US$ 300 trilhões nos próximos anos. Isso porque, considerando a fatia do mercado cripto em relação a outros mercados, este eventual crescimento poderia significar que o mundo precisaria “fabricar dinheiro”, ou novas criptomoedas.

Por outro lado, a possibilidade, ainda que não chegue aos 30.000% de alta, pode encontrar respaldo por meio da abertura de novos mercados criptos. Um exemplo está prestes a acontecer em novembro no Brasil, quando a plataforma de tokenização de imóveis Kodo Assets deverá lançar uma oferta pública de R$ 3,5 milhões em tokens atrelados a um imóvel comercial da região da avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo (SP). 

Vale dizer que somente a capital paulista conta 150 mil prédios comerciais de médio e alto padrão, de um total de 321 mil construções deste tipo, segundo um levantamento de 2020 do Centro de Estudos da Metrópole (CEM). Além disso, a tokenização de imóveis é apenas uma das possibilidades de avanço das criptomoedas, tanto que “Viatina-19”, uma vaca nelore vencedora da Expozedu (Uberaba-MG), foi “meio vendida” por R$ 3,9 milhões no ano passado, o que deu direito ao detentor dos tokens à parte das proles promissoras da vaca.

Os casos de uso das criptomoedas são quase que inimagináveis, o que permite certa compreensão para o otimismo do ex-executivo de fundos de hedge do Goldman Sachs, Paoul Pal, para o futuro das criptomoedas. Em entrevista para o canal Google TechTalks, que possui 339 mil inscritos no YouTube, o Macroguru, como ele também é conhecido, disse que o mercado de criptomoedas poderá chegar em até US$ 300 trilhões “provavelmente em 10 ou 15 anos.”

“Maior do que o petróleo. Maior que a internet. É uma coisa muito, muito diferente. É bem o fenômeno. A questão é que, assim que a macro clarear… todo mundo vai lançar. E não se esqueça que todo mundo já investiu VC [capital de risco] nesse espaço.

Então, o dinheiro de VC de US$ 60 bilhões que entrou nos últimos 18 meses, por causa da velocidade do ciclo em criptografia, vamos ver muitos produtos e novas mudanças e inovações chegando nos próximos seis a 12 meses e vamos avançar toda a narrativa exponencialmente mais uma vez”, argumentou.

Ele disse ainda que os investidores de capital de risco estão inundando as criptomoedas e a Web3, setor que ele acredita que será favorecido após o mercado de baixa. 

“Todos os grandes players da Web2 estão envolvidos. Todos no sistema financeiro estão envolvidos – todos. Você simplesmente não vê isso realmente, porque eles estão avançando cautelosamente por causa de questões regulatórias. Mas todo mundo sabe que é aqui que tudo está indo, nunca vi nada parecido”, completou.

Quem também está de olho neste setor é a exchange de criptomoedas Ripio, que anunciou o lançamento de uma carteira Web3 no Brasil. Nos últimos dias, uma plataforma avançou na Web3 e viu seu token disparar 150%, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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