Melhor da Semana: ETFs de Bitcoin estreiam nos Estados Unidos e levam o BTC a máximas históricas no Brasil e no mundo

O que aconteceu de mais relevante na última semana nos mercados de Bitcoin, criptoativos, NFTs, DeFi e blockchain, no Brasil e no mundo.

A última semana foi histórica para o Bitcoin e para o mercado de criptomoedas. Depois de muita especulação, os fundos negociados em bolsa, conhecidos como ETFs, atrelados a criptomoedas foram aprovados pela SEC dos Estados Unidos para serem negociados em bolsas de valores norte-americanas.

O primeiro estreou na segunda-feira desta semana, o Bitcoin Strategy ETF da ProShares, que atingiu US$ 1 bilhão de ativos sob gestão em dois dias, recorde absoluto da Bolsa de Valores de Nova York. O sucesso foi tanto que o ETF pode atingir o limite de contratos abertos em breve.

A estreia levou a uma disparada de preços no criptomercado, com o Bitcoin crescendo quase 10% em poucos dias para anotar sua máxima histórica contra diversas moedas do mundo, entre elas o dólar (US$ 66.600), o euro (€57.100) e o real (R$ 371.000).

Diante do mercado aquecido, as altcoins também tiveram semana de alta, com o Ether batendo em US$ 4.100, mas interrompendo a ascensão antes da máxima histórica em US$ 4.168 de 11 de maio.

Outros setores também bateram recordes diante da semana em ebulição. O setor DeFi chegou a um recorde de US$ 233 bilhões em valor alocado nos protocolos. No auge do rali, a capitalização total do mercado de criptomoedas registrou uma nova máxima: US$ 2,63 trilhões.

Nesta sexta-feira, foi a vez do ETF de futuros de Bitcoin da Valkyrie, que estreou em dia de correção para a maior criptomoeda, no momento negociada a US$ 60.000.

Na semana que vem, será a vez do ETF da VanEck. A gigante corporativa Grayscale também anunciou planos para transformar seus trustes de criptomoedas em fundos de investimento em bolsa.

Brasil

No Brasil, a semana foi de muita tensão no mercado financeiro, com uma crise deflagrada no Ministério da Economia de Paulo Guedes. O governo Jair Bolsonaro tenta aprovar recursos para ampliar o programa de auxílio aos mais pobres e para isso decidiu romper o teto do orçamento do governo federal.

A iniciativa gerou um racha na equipe de Guedes, com quatro demissões em postos-chave no ministério e o ministro balançando para não cair. Com a crise, a bolsa brasileira amargou dias de prejuízo e o dólar chegou a R$ 5,67. Nesta sexta, Bolsonaro reiterou “confiança absoluta” no atual ministro.

Um levantamento da Bloomberg mostrou que as ações brasileiras têm o pior desempenho do mundo em 2021.

No mercado brasileiro, uma pesquisa do PayPal revelou que 80% dos brasileiros não querem mais usar dinheiro e que 93% dos entrevistados usariam a CBDC brasileira, o real digital que está sendo desenvolvido pelo Banco Central.

A Bolsa de Valores do Brasil, a B3, anunciou também uma aquisição bilionária da Neoway, especializada em análise de dados e IA, e anunciou planos de se aproximar do mercado de criptomoedas e blockchain.

Também na bolsa, a gestora QR Asset, que lançou ETFs de Bitcoin e Ethereum, chegou à marca de R$ 1 bilhão de ativos.

O programa de milhagem do Banco do Brasil, o Dotz, também anunciou a adoção de Bitcoin, com os pontos podendo ser trocados por criptomoedas pelos usuários.

No futebol, o Flamengo estreou seu fan token batendo recordes: 1,5 milhão de fan tokens vendidos em 2 horas na Socios.com. Já nesta sexta foi a vez do Santos Futebol Clube anunciar seu próprio fan token.

E finalmente, nem tudo são boas notícias. A exchange Coinbene anunciou sua saída do Brasil por “não conseguir oferecer serviços de qualidade” no país. Já a novela da GAS Consultoria, pirâmide de Bitcoin desmontada pela Polícia Federal, segue com novos capítulos.

Nesta semana houve um boato da liberação de saques, clientes pedindo bloqueio de fundos na Justiça, o lançamento de uma criptomoeda muito suspeita em homenagem a Glaidson Acácio dos Santos e o humorista Rafael Portugal surgindo como uma das vítimas do golpe.

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