Banco Itaú: “Não temos nada a ver com empresas de criptomoeda”
O Itaú Unibanco é identificado no mercado como o maior banco privado do Brasil .
E uma das maiores empresas do mundo, segundo ranking da Forbes, levando em conta atributos como negócios gerados, ativos e valor de mercado.
Entretanto, o banco confessou através de um documento encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) que não aceita abrir conta corrente para empresas de Bitcoin e criptomoedas.
Segundo o conteúdo do documento, a instituição alega que as empresas de criptoativos não são reguladas por nenhuma autoridades.
Por isso, o Itaú estende esta “proibição” de abertura ou manutenção de conta também aos sócios destas empresas.
Assim, nas palavras do banco:
“(…) isso inclui não aceitar abertura ou manter ativa contas correntes de corretoras de criptoativos e de pessoas naturais envolvidas na mesma atividade, incluindo participantes do quadro societário das referidas corretoras.”, declarou.
Itaú diz que não mudará sua política sobre empresas de criptomoedas
O banco Itaú afirmou também que a obtenção, pelas exchanges de criptomoedas, de um CNAE próprio para sua atividade em nada modificará a política do Itaú.
Dessa forma, o banco continuará impedido que exchanges de criptomoedas abram conta corrente em suas agências, ou que mantenham as contas já abertas.
Ao CADE o Itaú também confessou que já encerrou diversas contas de empresas e pessoas ligadas ao mercado de criptoativos, entre elas, a da exchange Mercado Bitcoin.
Todavia, o pretexto para isso tem que ver com o cumprimento das regras referentes à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
“Não temos nada a ver com empresas de criptomoeda”
No documento o Itaú declarou também que não tem quaisquer relações societária com empresas ligados ao mercado de criptomoedas.
Contudo, o banco é sócio da XP Investimentos, uma das maiores corretoras de investimentos do Brasil.
Entretanto, a XP oferece exposição a fundos multimercado baseados em criptomoedas.
Além disso, a XP também já teve participação direta no mercado de criptoativos por meio de uma empresa chamada XDEX que encerrou suas atividades em 2020.
Itaú na mira da Lava Jato
Agora o Itaú declara que não abre conta pare empresa de bitcoin temendo ser usado para “atividades suspeitas”.
Porém, a instituição é acusada de ajudar correntistas a receber mais de R$ 1 bilhão em propina, segundo aponta investigação da Lava Jato.
Segundo investigações do Ministério Público, dentro da operação Lava Jato, os bancos, inclusive o Itaú, permitiram a abertura de contas corrente em nome de empresas de fachada e de companhias operadas por doleiros.
No total os bancos teriam ‘viabilizado’ cerca de R$ 1,3 bilhão de recebimentos supostamente ilícitos.
Em alguns, isso ocorreu por meio de cooptação de funcionários dos bancos e falhas em sistemas de controle de operações suspeitas.
Guerra entre bancos e empresas de Criptomoedas deve diminuir com o Pix?
Muitos players do mercado de criptoativos no Brasil espera que com o Pix, os problemas das empresas de criptomoedas com os bancos podem diminuir.
A tese é que haverá empresas que poderão oferecer soluções a esse mercado integrados ao Pix.
Assim, essas empresas poderão, em tese, trazer agilidade ao setor a despeito da má vontade dos bancos.
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