Bactéria pode ser usada para produzir energia infinita e de graça para mineração de Bitcoin, aponta especialista

Uma enzima encontrada em uma bactéria, parente da causadora da tuberculose, é capaz de converter o hidrogênio do ar em eletricidade

Cientistas estão buscando novas formas de energia e uma recente descoberta pode ser um grande avanço para a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis. 

Uma enzima encontrada em uma bactéria, parente da causadora da tuberculose, é capaz de converter o hidrogênio do ar em eletricidade, e um estudo publicado na revista Nature mostrou a descoberta da enzima responsável pelo processo.

A bactéria, chamada Mycobacterium smegmatis, é encontrada no solo ao redor do mundo e é capaz de sobreviver em ambientes com poucos nutrientes, graças à enzima Huc, que permite que ela use o hidrogênio presente no ar para gerar a energia necessária para sua sobrevivência.

A descoberta pode ser usada para alimentar dispositivos elétricos portáteis, como sensores biométricos, relógios digitais e calculadoras, a partir do ar.

Rhys Ginter, autor principal do estudo, explicou em entrevista ao portal Livescience que, enquanto fornecer quantidades mais concentradas de hidrogênio poderia fazer com que a enzima gerasse correntes elétricas ainda maiores, como equipamentos para mineração de Bitcoin e até carros.

A facilidade de multiplicação da bactéria e a capacidade de produzir corrente mesmo com quantidades baixíssimas de hidrogênio pode fazer da Huc uma excelente fonte de energia em baterias orgânicas e poderia abastecer equipamentos com alto consumo de energia como os ASICs para minerar BTC.

Energia renovável

Pablo Lobo, fundador da Sthorm, defende que novas formas de energia renováveis e mais eficientes são o foco da ciência e dos mineradores de Bitcoin, como a Arthur Mining, parceira da Sthorm que usa o Flare Gas e vai iniciar operações no Brasil.

 “Estamos sempre buscando maneiras de tornar a mineração de Bitcoin mais sustentável e rentável, e a utilização de fontes renováveis de energia é uma solução. A descoberta da enzima Huc pode ser uma ótima notícia para a produção de energia limpa no futuro”, disse Lobo.

Lobo destaca também que os mineradores de Bitcoin tem incentivado a descoberta e produção de energia por novas fontes que podem egar energia infinita com impacto ambiental praticamente nulo. O especialista cita pesquisas avançadas para a utilização de energia solar especial, via ondas de rádio.

“No máximo em 20 anos nossas fontes energéticas serão totalmente renovadas e será praticamente impossível imaginar que prejudicamos tanto o planeta para obter energia finita e suja. A Arthur Mining foi pioneira no uso do Flare Gas, que era considerado o lixo da extração do petróleo e vamos continuar inovando atentos aos desenvolvimentos da ciência”, destacou.

A descoberta da enzima Huc pode representar uma grande mudança na forma como pensamos sobre energia, oferecendo uma fonte renovável, limpa e de baixo custo. A facilidade de multiplicação da bactéria e a capacidade de sobreviver em condições adversas fazem da Huc uma excelente opção para alimentar dispositivos elétricos portáteis, baterias orgânicas e até mesmo carros no futuro.

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